Alimentação Saudável

A fruta barata que “é uma fonte de saúde” e ajuda prevenir a doença de Alzheimer

É saciante, rica em fibra, vitaminas, minerais e antioxidantes. A lista de benefícios deste alimento que conhece desde sempre é longa.
Acessível e fácil de comer.

Verde, fuji, golden, de Alcobaça ou red: a escolha da variedade pode não ser a mais fácil, mas nem por isso deve desistir. Esta fruta que conhece desde sempre tem várias características poderosas e a lista de benefícios parece não terminar.

Há muitos anos que a maçã faz parte da roda dos alimentos. Na Roma Antiga já eram consumidos diversos tipos. Atualmente, o número de variedades é superior a mil. Durante séculos, foi um fruto importante para os europeus: era facilmente cultivável e durava meses quando era armazenado a baixas temperaturas — sem nunca perder as suas propriedades. A grande durabilidade foi também sendo associada a uma notável longevidade dos que o consumiam.

Não é por acaso, portanto, que existam tantos ditados populares associados ao seu consumo. O primeiro teve origem em Gales, na década de 1860. Na altura, a formulação era: “Eat an apple on going to bed, and you’ll keep the doctor from earning his bread.” Ou seja, “coma uma maçã antes de dormir e vai impedir o médico de ganhar o seu pão”. Na passagem do século a frase tornou-se mais curta e melodiosa “An apple a day, no doctor to pay”. Traduzindo: “Uma maçã por dia, e não há que pagar ao médico”.

Na década de 1920, já circulava a versão mais ouvida nos dias que correm: “An apple a day, keeps the doctor away”. Diz a expressão em inglês que “uma maçã por dia mantém o médico à distância”. Em Portugal há até quem diga: “Uma maçã por dia dá uma vida sadia.”

Desde sempre associado à saúde, os benefícios do alimento bastante comum nas fruteiras dos portugueses são bem conhecidos pelos cientistas e pela população em geral — e há cada vez mais indícios das vantagens associadas ao seu consumo. Além de ser um fruto rico em carboidratos, vitaminas e fibras, é abundante em minerais e antioxidantes. “É, basicamente, uma fonte de saúde”, diz à NiT Sónia Marcelo, nutricoach e nutricionista.

Um estudo publicado no “American Journal of Clinical Nutrition” em agosto de 2020 concluiu que as pessoas que comem quantidades significativas de alimentos ricos em flavonoides, como as maçãs têm menos probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer e outras formas de demência. Sim, leu bem. Ao estimularem a produção de novos neurónios, ajudam a melhorar a memória. “A quercetina pode ainda proteger as células cerebrais contra os danos dos radicais livres”, acrescenta a especialista. E não só.

Esta fruta parece ser a mais eficaz na redução do risco do cancro (pulmão, cólon e fígado) e de diabetes do tipo 2 (que se desenvolve com a idade, associada a maus hábitos alimentares e ao sedentarismo), quando comparada com outros frutos e vegetais. A pectina das maçãs —”uma fibra solúvel que diminui a absorção de gorduras” — fornece ácido galactúrico ao corpo o que reduz a necessidade de insulina e pode ajudar no controlo da diabetes. Contribui também para reduzir os níveis de colesterol no sangue.

Além disso, o consumo de maçã foi associado a uma melhor função respiratória (prevenção de asma). Por outro lado, apresenta antioxidantes que se encontram naturalmente presentes em quantidades importantes, e que não se degradam mesmo passados meses de serem colhidas. Estes nutrientes são excelentes protetores do nosso organismo contra doenças oncológicas e envelhecimento.

É uma fruta rica em flavonoides e carotenoides que lhe conferem propriedades antioxidantes. Logo, vai ter benefícios ao nível de prevenção de doenças cardiovasculares”, nota Sónia Marcelo. Por ser uma ótima fonte de fibras — presentes na casca — ajuda a regular o trânsito intestinal (fundamental para combater e prevenir a ansiedade) e a controlar o apetite.

Para a nutricionista, há mais uma razão para a maçã ser tão utilizada no mundo fit: cerca de 80 por cento da sua composição corresponde a água, o que faz com que seja um alimento com elevado poder hidratante. Por cada 100 gramas apresenta apenas 52 calorias.

Destaca-se, ainda, por ser leve e fácil de transportar, pelo que pode servir de snack para levar para o trabalho ou para ter na carteira e petiscar nos transportes. Mas, atenção: apesar de ser bastante benéficoa quando incluída na alimentação diária, o seu consumo deve ser moderado.

Para tirar proveito de todas as suas vantagens, deve tentar consumi-la, preferencialmente, aoo natural. No entanto, também pode incluir esta fruta em receitas. Carregue na galeria para descobrir nove sugestões.

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