A doçaria conventual era usada, no século XVI, como remédio na convalescença de doentes. Há documentos que comprovam que o rei D. Manuel I autorizava a compra de grandes quantidades de açúcar da ilha da Madeira para o convento de Jesus, em Aveiro, em 1502, para que a produção das iguarias não parasse. Já em 1908, os ovos-moles, eram os preferidos nos almoços reais. Mas quando falámos de doces com ovos, não podemos deixar de mencionar o pão de ló de Ovar. Não há quem a visite a cidade nortenha sem o provar.
Diz a lenda que foi criado num convento nos arredores de Ovar e que umas das freiras terá acabou por partilhar a receita com um familiar que vivia, então, no centro da cidade. O passa-palavra fez o resto e o bolo tornou-se popular. A receita leva açúcar, ovos, farinha e começou a ser vendida em 1781. Na altura era feito em enormes alguidares de barro vermelho, batido à mão durante duas horas e depois cozido em caçarolas forradas a papel alinhado branco.
Quem já provou este doce, sabe que é bastante calórico e, apesar de delicioso, não deve ser consumido com frequência. Mas há forma de continuar a comer esta sobremesa, sem medo de comprometer a dieta, a receita de Rui Marques, autor do blogue “A Pitada do Pai”, além de ser mais saudável que a convencional, não contém laticínios — e leva muito menos açúcar.
Do que precisa
— 8 gemas de ovo
— 2 ovos
— pitada de sal
— 80 gramas de açúcar
— 60 gramas farinha com fermento
Como se faz
Comece por bater as gemas com os ovos, o sal e o açúcar cerca de 15 minutos. Adicione a farinha e o fermento em pó e envolva gentilmente. Verta a mistura para uma forma forrada com papel vegetal. Leve ao forno até 15 minutos no forno pré-aquecido a 180 graus. Para saber se está no ponto fazer teste do palito: nas pontas terá de sair seco e bem húmido no centro.
Carregue na galeria e descubra as versões saudáveis de nove doces tradicionais (para comer sem engordar).
