Alimentação Saudável

Café solúvel Vs. expresso. Afinal, qual é a opção mais saudável?

Uma versão é feita numa máquina própria com uma quantidade generosa de grãos moídos. A outra só precisa de apenas quente e algum pó.

“O café faz mal à saúde.” Quantas vezes já leu ou ouviu esta frase? Provavelmente, as suficientes para começar a duvidar das vantagens desta bebida que faz parte da vida de tantos portugueses. Então, aqui vai: trata-se de um mito. Desde que seja consumido de forma moderada, não existe qualquer problema com a bebida. Mas a forma como a prepara pode, de facto, fazer diferença.

Depois da água, o café é a bebida mais consumida no mundo. Ajuda a prevenir o aparecimento da doença de Alzheimer e demência, a reduzir o risco de Parkinson, combater a depressão e diminuir o risco de alguns tipos de cancro.

Apesar de ter tantos benefícios, há ainda muitas dúvidas quanto à ingestão desta bebida. E entre os expressos que preferimos à hora de almoço, ou o solúvel que tantos portugueses gostam de beber de manhã, para acordar, qual é que será a melhor opção?

Nutricionalmente, existem algumas diferenças entre o expresso e o café solúvel. Mas antes de explicarmos, é importante saber distinguir estes dois tipos de café, conforme o modo de preparação, temperatura, aroma, sabor e níveis de cafeína.

O expresso é produzido numa máquina própria, com uma quantidade generosa de pó. Já a versão solúvel exige apenas uma pequena porção de água quente e pó a gosto.

As principais diferenças entre o expresso e o solúvel são o método de preparo, o teor de cafeína e a quantidade de acrilamida”, diz à NiT Ana Rita Lemos, nutricionista no Hospital Lusíadas, em Lisboa. A versão instantânea é mais prática de preparar e menos dispendiosa, quando comparada com um café expresso.

“O solúvel, por ser obtido a partir dos grãos de café moídos, apresenta, geralmente, um menor teor de cafeína. Logo, para pessoas mais sensíveis à ação da cafeína, o café solúvel pode ser uma melhor escolha”, avança a especialista em nutrição.

“Medicamente, não existe uma diferença específica, à priori”, sublinha Inês Espiga de Macedo, especialista em medicina geral e familiar. No entanto, diferem na quantidade de acrilamida, “uma substância nociva para a saúde humana”.

“Surge em alimentos submetidos a temperaturas muito elevadas, por exemplo, no processo de torrar. Estudos indicam que o café solúvel pode apresentar, quando comparado com o café expresso, uma maior quantidade desta substância. Contudo, só uma exposição excessiva à acrilamida é que constitui risco para saúde”, acrescenta a nutricionista.

Em adultos saudáveis, segundo a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), o consumo de três a quatro cafés por dia (ou seja, um máximo de 400 miligramas de cafeína, por dia) independentemente se for café solúvel ou expresso, “é seguro e não acarreta riscos para a saúde”.

Se adora café e ficou com vontade de correr para a próxima chávena, leia também o artigo da NiT para descobrir qual é a melhor hora do dia para consumir esta bebida.

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