Alimentação Saudável

Estes são os piores douradinhos à venda em Portugal (não deve comprá-los para os miúdos)

Os mais novos devoram-nos e o preço é aliciante, face aos valores que os peixes têm atingido, mas nem todos são uma boa opção.
Os miúdos adoram.

Dizer aos miúdos que vão comer peixe, é quase sempre sinónimo de uma careta em sinal de desaprovação. Contudo, se lhes oferecer os famosos douradinhos de pescada o caso muda de figura. Vendidos há mais de 70 anos em Portugal, sempre foram vistos como uma boa alternativa para pôr os mais novos a comerem peixe. Com a inflação e o preço da pescada — e de outros do género —  a aumentarem cada vez mais, os pais ganharam mais um motivo para apostarem nestes produtos. Porém, podem não ser a melhor opção.

Os chamados douradinhos tiveram origem em Inglaterra no início do século XX, onde começaram por ser tiras de verdadeiro peixe conservadas em sal. Durante a II Guerra Mundial, os populares fish fingers — que em tradução livre significam dedos de peixe — começaram a ser produzidos industrialmente com apenas pequenas quantidades da espécie arenque, devido à escassez de pescado. Ao perceber a popularidade destes produtos, em 1953, a empresa norte-americana Gorton-Pew Fisheries iniciou a comercialização massiva destes congelados. Mais tarde, em 1962, a McDonald’s criou o seu Filet-O-Fish, com uma espécie de panado de peixe, para mais tarde criarem outra versão com miniaturas, que atualmente são uma das protagonistas do menu Happy Meal.

Em Portugal, onde chegaram em 1947, passaram a ser chamados de douradinhos, devido à cor com que ficam depois de fritos. As barrinhas são feitas, em média, com cerca de 55 por cento de peixe branco, mas na composição entram ainda outros ingredientes como a farinha de trigo, água, óleo, levedura, sal e pão ralado. A riqueza nutricional é questionada por vários nutricionistas, alertando para os níveis de gordura e de sal, porém, o preço imbatível faz com que sejam uma opção frequente na mesa dos portugueses.

A prova chegou em novembro passado, depois de uma análise da Deco Proteste ter concluído que as barras congeladas à base de peixe tinham chegado ao pódio do consumo, com um aumento de 16 por cento na procura.

Fritos, levados ou forno ou cozinhados no micro-ondas, são rápidos de confecionar e de servir. No entanto, como alerta a nutricionista Lia Faria, “não são equivalentes ao consumo de pescado.”

Como resultado do seu processamento, os douradinhos acabam por ter um maior valor energético e um menor teor de proteína do que um filete de pescada “ao natural”. “A adição de farinhas e pão como crosta, assim como o processo de pré-fritura ao qual são sujeitos contribuem para o aumento do valor energético e redução do interesse nutricional deste tipo de produtos”, explica a especialista em nutrição.

“Deve sempre ser dada preferência ao consumo de pescado na sua forma natural. Quando tal não é possível, dentro dos vários douradinhos existentes no mercado devemos optar por aqueles com menor teor de gordura”, acrescenta.

Para o ajudar a fazer a melhor escolha nesta situação, a NiT fez um ranking com os piores panados de peixe à venda nos supermercados. No entanto, tenha atenção: “é importante optar por métodos de confeção que não impliquem ainda uma maior adição de gordura a este produto, como no forno e na air fryer”.

Carregue na imagem para conhecer os piores douradinhos à venda nos supermercados, da melhor opção até àquela que deve mesmo evitar.

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