Alimentação Saudável

Muita carne vermelha e sal: os erros que roubam mais anos saudáveis aos portugueses

O relatório de 2020 do Programa para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS revela tudo.
Ainda há muito a melhorar.

A má alimentação está no top cinco dos fatores que roubam mais anos de vida saudável aos portugueses, ocupando precisamente a quinta posição. Alguns dos hábitos que contribuem para esta realidade são “o elevado consumo de carne vermelha, o baixo consumo de cereais integrais e elevado consumo de sal”.

É o que diz o relatório anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) este sábado, 31 de outubro, e que cita dados relativos ao estudo Global Burden of Disease (GBD) de 2019.

Entre os maus hábitos alimentares, a glicose plasmática aumentada (a diabetes), o tabagismo, a hipertensão arterial e o Índice de Massa Corporal (IMC) elevado (excesso de peso) também são dos que mais tiram anos de vida saudável à população portuguesa.

Além de um diagnóstico da situação epidemiológica, este relatório apresenta dados relativos à avaliação dos resultados alcançados por diferentes medidas que foram implementadas pelo PNPAS ao longo dos últimos anos.

“Os canais infantis não apresentam atualmente publicidade a alimentos, porém, cerca de 10,4% dos anúncios publicitários nos canais de TV generalistas são relativos a alimentos. Nestes, a maioria (65,6%) dos alimentos que são publicitados não cumprem o perfil nutricional definido pela DGS e 18,6% dos anúncios a alimentos ainda apresentam conteúdo dirigido a crianças. Comparando estes resultados com os de outros países, verifica-se que em Portugal há uma menor percentagem de publicidade a alimentos na TV, tendo-se verificado uma diminuição comparativamente com o ano de 2008, em que 27,1% dos anúncios eram relativos a alimentos”, pode ler-se.

Após a entrada em vigor do despacho que determinou a identificação do risco nutricional a todos os doentes hospitalizados, tem-se verificado um aumento do número de doentes hospitalizados que são submetidos ao rastreio nutricional, acrescenta também a DGS.

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