Alimentação Saudável

Os alimentos processados não são todos iguais — alguns são muito piores que outros

Um estudo apoiado pela OMS indica que certos produtos industrializados podem ser consumidos com moderação (claro).
Cancro é das doenças mais mortíferas.

Os alimentos ultraprocessados estão no topo da lista de coisas que devemos evitar para diminuir o risco de desenvolver doenças crónicas. O consumo regular de propostas à base de carne ou adoçadas artificialmente é frequentemente associado a patologias como cancro e diabetes tipo 2, por exemplo.

Porém, os produtos ditos industrializados não são todos iguais, tendo diferentes efeitos no organismo — conclui um novo estudo apoiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Alguns alimentos, embora integrem a lista dos processados — que significa que passaram por um processo industrial para chegarem à forma como são consumidos—, como o pão, o leite e os cereais, ou as refeições prontas, não estão associados a estes problemas de saúde. A conclusão é de uma pesquisa publicada na revista científica “The Lancet” esta segunda-feira, 13 de novembro.

A investigação classifica como alimentos ultraprocessados aqueles a que são adicionados açúcar, adoçantes, outros químicos, corantes, edulcorantes e conservantes que prolongam o prazo de validade. E, segundo os especialistas, apenas os que integram grupo representam um risco de desenvolvimento de várias patologias.

Os restantes produtos industrializados — ou seja, aqueles não contêm aditivos sintéticos — podem ser incluídos na dieta, avançam os investigadores da Agência Internacional para a Investigação do Cancro da OMS.

O estudo baseia-se no histórico alimentar e nos registos de doenças de mais de 266 mil pessoas em sete países europeus. A meta análise dos dados recolhidos ao longo de 11 anos, permitiu concluir que “é imprudente e injustificado considerar todos os ultraprocessados como uma ameaça para a saúde”.

“O nosso estudo enfatiza que não é necessário evitar completamente este tipo de produtos. Em vez disso, o seu consumo deve ser limitado — os alimentos naturais ou minimamente industrializados devem ser sempre a primeira escolha”, sublinha Heinz Freisling, especialista da Agência Internacional de Pesquisa do Cancro da OMS (IARC), e colaborador no estudo em questão.

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