A palavra proteína nunca foi tão repetida nas discussões sobre saúde, atividade física, emagrecimento e hábitos alimentares, como nos dias que correm. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 10 a 35 por cento das nossas necessidades energéticas devem vir desta macromolécula, sendo um dos três macronutrientes essenciais ao nosso organismo (os outros dois são os hidratos de carbono e as gorduras).
A proteína é usada pelo organismo como fonte de energia e, para que para quem treina, o seu reforço na dieta traduz-se em mais energia que será depois queimada durante o workout. É por isso quem pratica exercício físico regularmente, tem por hábito ingerir doses extra.
Devido ao seu poder de saciedade e importância na construção de massa muscular, ganhou mais peso na alimentação de quem procura um corpo tonificado. A moda das dietas ricas em proteína explodiu e a indústria alimentar não passou ao lado do fenómeno. Os produtos proteicos surgiram como cogumelos, com a palavra proteína em grande destaque nas embalagens.
As prateleiras dos supermercados encheram-se de propostas ricas em proteínas, como gelatinas, pudins ou iogurtes. Agora, os chocolates proteicos são a nova aposta.
Os Cryspis, da Mister Choc, marca própria do LIDL, chegaram recentemente aos supermercados. A embalagem destaca o elevado teor de proteína (“High protein”): em 90 gramas de bolas de chocolate proteica, 23 gramas correspondem a este macronutriente. Estão disponíveis em dois sabores — chocolate de leite e iogurte.
Será que são tão saudáveis assim? A NiT falou com a nutricionista Sónia Marcelo para acabar com as dúvidas. “Se formos comprar esta opção com a versão original, os Maltesers, podemos dizer que sim. De facto, possuem mais proteína, menos hidratos e açúcar (os originais têm 53 gramas de açúcar) e são uma opção menos calórica”, conta a especialista em nutrição.

“Ainda assim, têm muita gordura saturada e os níveis de açúcares são altos à mesma: num pacote de 100 gramas, em 27,6 gramas de hidratos, 23,4 gramas são açúcares, no caso das de chocolate. As de iogurte têm ainda mais, 27,6 em 31,1 gramas. É muito.” Devem ser ingeridas de forma moderada, ressalva Sónia Marcelo.
Contudo, existem muitas outras propostas semelhantes no mercado, como as Protein Pop da Zumub. Cada embalagem tem 38 gramas, sendo que 10 são de proteína. Em 16,3 gramas de hidratos, 3,6 gramas são açúcares. Já a quantidade de fibra é de 0,8 gramas.
Comparando as duas propostas, por cada 100 gramas, as Crispys da Mister Choc têm menos proteína (25,4 contra 26,3, respetivamente), mais açúcar (23,4 Vs. 9,5) e mais fibra (5,3, acima de 2,1) que as Protein Pops.

“Não aconselho este tipo de propostas. Se é uma versão que se quer mais saudável que a original, a indústria acaba por reduzir alguns ingredientes como açúcar, mas ação por acrescentar outros para conseguir dar-lhe um sabor similar e agradável”, sublinha a nutricionista.
Os novos chocolates proteicos da Mister Choc já se encontram disponíveis nos supermercados LIDL e cada embalagem custa 2,39€. A proposta da Zumub pode ser encomendada online e cada embalagem custa 1,75€.
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