Alimentação Saudável

Quando se sentir triste coma este peixe barato e muito comum — mas pouco conhecido

É parecido com o atum, e pode ser comido grelhado, assado no forno, em sushi, ceviches ou cozido. Opções não faltam.

À primeira vista, o sarrajão e o atum são difíceis de distinguir (sobretudo se não for assim tão bom conhecedor de peixe). Se não conseguir encontrar diferenças no aspeto de um e outro, basta olhar para o letreiro com o preço para perceber qual é qual. O primeiro é bem mais acessível. Porém, é igualmente saboroso e tem inúmeros benefícios para a saúde.

O sarrajão pertence à família dos tunídeos e é, por isso, um parente do atum. Contudo, tem um sabor mais adocicado e uma carne mais macia. Apesar de existir com abundância nos mares portugueses, ainda é pouco conhecido e, por isso, menos usado na cozinha tradicional. Contudo, é fácil de preparar, não é caro e e pode ser cozinhado de várias formas. Este peixe, que deve o nome à listas azuladas do lombo, é muito rico nutricionalmente. Tem um elevado teor em vitamina D e A, ácido fólico, ferro e potássio. E é pouco calórico. Por 100 gramas tem apenas 132 calorias, 22 gramas de proteína e 47 miligramas de sal. 

Em termos de composição relativamente aos ácidos gordos, os peixes podem ser magros (com menos de cinco por cento de gordura), meio gordos (entre cinco a 10 por cento de gordura) e gordos, que têm mais de 10 por cento. No caso do sarrajão, a nutricionista Mariana Abecassis explica que se insere na última categoria. Porém, não se assuste com esta classificação. É uma das variedades com mais benefícios para a saúde e, pode ser ainda a melhor opção para a carteira nestes tempos em que a inflação fez os preços do cabaz alimentar subir, pelo menos, 15 por cento. Em comparação com o seu parente próximo é muito mais barato. O atum custa cerca de 29,99€ o quilo, enquanto sarrajão ronda os 4,50€ o quilo.

Tal como as restantes variedades de pescado é uma fonte de proteína de alta qualidade. “Sendo um peixe gordo evita o armazenamento de gordura corporal, a inflamação crónica, ajuda a estabilizar o humor, podendo ter um papel benéfico importante em casos de depressão e diminuição do risco de problemas cardiovasculares e de AVC”, refere a especialista em nutrição.

Para além dos seus benefícios nutricionais, o sarrajão tem ainda uma grande vantagem em relação a outros peixes. Apresenta uma baixa concentração de mercúrio — metal pesado, presente nestes alimentos, que tem um efeito tóxico no organismo. Esta variedade tem apenas 0,088 microgramas (por cada 100 gramas), enquanto o atum fresco pode chegar a uma concentração de 0,42.

Não precisa de pensar a forma de o preparar, uma vez que como o atum, é bastante versátil. Pode ser consumido cozido, grelhado, assado, frito ou até cru, em sushi ou ceviche. Alternativas não faltam, basta optar pela sua favorita.

De modo a manter uma dieta nutritiva e equilibrada, o sarrajão é apenas uma das muitas opções que devem ser incluídas, regularmente, na alimentação. A batata, por exemplo, é útil para quem pretende eliminar o açúcar do sangue de forma natural e saudável. Já o alho francês pode ser um importante aliado para os que desejam preservar uma aparência mais jovem e cuidada.

Caso o problema sejam as digestões difíceis, aposte nas ervilhas. Se for o sono que lhe causa dores de cabeça, os kiwis e as cerejas talvez ajudem. O pêssego, por seu lado, é um importante cúmplice na luta contra a prisão de ventre.

Carregue na galeria para conhecer algumas receitas fáceis de preparar com sarrajão — todas rápidas e saborosas.

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