Alimentação Saudável

Aprenda a escolher e a cozinhar os óleos que deve incluir nas refeições

São todos gorduras, mas há algumas boas e outras não aconselháveis. A nutricionista Filipa Morgado explica-lhe as diferenças.

Ao contrário do que pensa, o nosso organismo precisa de gordura. Mas atenção: nem todas são ideais. Os óleos são uma das gorduras que mais consumimos diariamente — em snacks, refeições e até nas pipocas, no caso do óleo de coco. No entanto, todos são diferentes e temos de aprender a escolher as melhores opções no dia a dia e saber como cozinhá-las.

Existem gorduras bastante más para a saúde e que aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Mas há outras que podem trazer benefícios: as gorduras insaturadas, conhecidas como “gorduras boas”, divididas em polinsaturadas e monoinsaturadas, como os óleos.

Contudo, “é muito importante que se perceba que, independentemente da sua origem, os óleos são gorduras que, se não forem consumidos com contenção e controlo, podem levar ao aumento de peso”, começa por explicar à NiT Filipa Morgado, nutricionista.

As gorduras polinsaturadas têm tipicamente uma cor mais clara e um sabor ligeiro. Neste grupo inserem-se o óleo vegetal, de linhaça, de soja, de sésamo e de milho.

Tome nota das temperaturas a que deve cozinhar os óleos polinsaturados

— Óleo de soja: 240 graus;

— Óleo de sésamo: 210 graus (não deve ser usado para fritura);

— Óleo de milho: 204 a 2013 graus;

— Óleo de girassol: 227 a 232 graus.

Já os óleos monoinsaturados, que têm uma cor mais amarela ou esverdeada, “devem ser cozinhados a altas temperaturas ou frituras”. Desta forma, podem ajudar a diminuir o colesterol mau sem prejudicar o colesterol bom. O tradicional azeite, o óleo de amendoim e de abacate são alguns desses exemplos.

Tome nota das temperaturas a que deve cozinhar os óleos monoinsaturados

— Óleo de amendoim: 216 a 221 graus:

— Óleo de canola: 224 a 233 graus;

— Óleo de abacate: 271 graus.

Mas nem tudo é perfeito. Porquê? Porque também existem óleos com gorduras saturadas — os tais óleos maus que estão associados a doenças cardiovasculares. Sim, estamos a falar dos controversos óleo de palma (cozinhado a 232 graus) e óleo de coco (177 graus), sendo que o último tem ganho muito protagonismo no mundo da alimentação saudável.

Este fenómeno do óleo de coco deve-se, principalmente, ao facto de estar associado à perda de gordura e de, por ser composto por ácidos gordos de cadeias médias, pensar-se que tem uma absorção mais lenta no organismo.

No entanto, “se não for aliado a uma dieta equilibrada e à pratica de atividade física frequente, o óleo de coco, e qualquer outra gordura, apenas contribuem para o aumento de peso”, alerta Filipa Morgado.

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