O breakdance, também conhecido como B-boying, foi reconhecido como modalidade olímpica a 7 de dezembro de 2020 e fará a sua estreia nos Jogos Olímpicos, na próxima sexta-feira, dia 9 de agosto. A batalha pré-eliminatória começa às 15 horas, com transmissão na RTP 2, e conta com uma B-girl portuguesa. Vanessa Marina, de 32 anos, estará a realizar um dos seus maiores sonhos, como a NiT já lhe contou neste artigo.
Vanessa Mariana, que descobriu a modalidade aos 18, está determinada a lutar pela conquista de uma medalha. “Estou extremamente feliz por fazer parte de um momento histórico, que sempre observei na televisão quando era mais nova”, revelou à agência Lusa, citada pela Renascença. A dançarina viajou para Paris no sábado, 3 de agosto, com a missão de “representar os portugueses da melhor maneira possível”.
O apuramento para os Jogos teve lugar em junho, quando Vanessa alcançou o 11.º lugar nas Olympic Qualifier Series. Esta posição permitiu-lhe acumular mais 30 pontos, o que a levou ao nono lugar no ranking, garantindo assim a sua participação na estreia olímpica da modalidade.
Originário das ruas de Nova Iorque na década de 1970, o breakdance tem conquistado um reconhecimento crescente ao longo das últimas décadas. Caracterizado por movimentos acrobáticos, estilo e improvisação, tornou-se um ícone da cultura hip-hop e da expressão urbana. Agora, esta tipo de dança já não é apenas uma performance artística; é também uma disciplina competitiva que será observada sob um novo olhar.
Nos Jogos Olímpicos, competirão 16 B-boys e 16 B-girls representando países como França, Canadá, Países Baixos, Cazaquistão, Coreia, Japão, Lituânia, China, Itália e Índia. Todos aspiram a um lugar no pódio, em categorias separadas. A competição será dividida em grupos de quatro, onde os concorrentes competem entre si, e os dois melhores avançam para a fase eliminatória. Antes das finais, haverá uma ronda preliminar e os quartos de final.
A música de cada prova será escolhida por um DJ, sendo desconhecida dos atletas. O improviso é a característica mais valorizada, mas os critérios de avaliação incluem técnica, vocabulário, execução, musicalidade e originalidade. Três elementos principais são utilizados para a avaliação: top rock (movimentos realizados em pé, usados no início da performance), down rock (a parte do breaking realizada no chão, com o uso dos braços, costas, ombros, mãos e até a cabeça) e freezes (manobras acrobáticas de elevado grau de dificuldade).
“Prometo que irei dar o meu melhor, sem dúvida. O que tiver que acontecer, acontecerá, mas brilhar é aquilo que sei fazer melhor. Com certeza, ver-me-ão brilhar”, assegurou.