Ginásios e outdoor

Em 8 meses, Filipa Triunfante perdeu 35 quilos — sem fazer exercício físico

O jejum intermitente, aliado a uma reeducação alimentar, foi suficiente para a jovem emagrecer e mudar de estilo de vida.

Filipa Triunfante tem 32 anos mas sempre viveu com excesso de peso. “Lembro-me de sempre ser mais gordinha e de me olhar ao espelho e não gostar do que via”, conta à NiT. Em miúda, a engenheira civil natural de Vidago, Chaves, tinha os níveis de colesterol muito elevados e, por isso, passava a vida em dietas, mas sem sucesso.

A grande falha estava nas regras básicas. “Eu não sabia comer. Não comia em grande quantidade, mas as minhas escolas não eram as mais indicadas para mim. Fazia uma dieta rica em hidratos e glúten. E sempre adorei doces”, conta.

Em 2022, depois de ser mãe do pequeno Salvador, decidiu mudar. “No meu pós-parto cheguei a pesar 98 quilos e foi o meu limite. Não conseguia olhar para mim, sentia-me mal. E decidi que aquele era o momento de dar um passo para melhorar a minha vida.”

A aposta com o marido

No dia em que assumiu o compromisso de que queria mudar, a engenheira civil fez uma aposta com o marido. “A cada três semanas tinha de perder três quilos. Se conseguisse ele tinha que me dar 30€.” Esta foi a forma que o companheiro encontrou para a apoiar e motivar. “E tramou-se, porque consegui”, diz entre risos.

Determinada em ganhar a aposta e mudar o seu estilo de vida, Filipa procurou ajuda no grupo “Paleo Descomplicado”. “Antes era uma mera espectadora, mas quando decidi mudar, procurei informar-se sobre esta dieta e como me poderia ajudar”, revela. Depois de reunir tudo aquilo de que precisava deu o primeiro passo para mudar drasticamente a sua alimentação. “Cortei radicalmente nos hidratos. O pão, o arroz e a massa deixaram de fazer parte da minha alimentação, assim como as frutas de alto índice glicémico. Opto sempre por frutos vermelhos e abacate.”

Quando começou a ver resultados, o foco tornou-se ainda maior. “Quando perdi os primeiros 10 quilos é que tive o choque de realidade e passei a preocupar-me mais comigo. A olhar mais para mim. A não ser apenas a mãe do Salvador, mas a voltar a ser a Filipa e a gostar do que via ao espelho.”

Durante o processo, a mulher que atualmente vive em Guimarães conta à NiT que não pesava alimentos. Simplesmente ouvia o seu corpo e intuitivamente comia apenas quando tinha fome. Isso levou-a a optar também pelo famoso jejum intermitente. “Neste momento ouço o meu corpo. A minha primeira refeição acontece às 10 horas e a última ao almoço. Se ao longo do dia tiver fome, como. Se não tiver, não como”, explica.

O seu dia alimentar começa com um café. Se sentir necessidade come umas panquecas ou pão low carb. Se ainda não estiver satisfeita, opta por um tomate com mozarela ou alguns frutos secos. Depois, ao almoço, tenta que seja uma refeição muito nutritiva. “Peixe, carne ou ovos estão sempre presentes, acompanhados com hortícolas.” Se à tarde a fome voltar, come, por exemplo, uma fatia de presunto ou de queijo. Contudo, durante o processo nunca se privou de ir jantar fora, ou de comer sushi — o seu prato favorito — de vez em quando.

A água teve também um papel fundamental. “Bebo, pelo menos, dois litros de água. E este hábito fez uma grande diferença”, conta.

“Não fiz qualquer exercício físico”

Filipa Triunfante sempre foi adepta de ginásio e ia com regularidade, mas no último ano, que coincidiu com o mesmo em que decidiu perder peso, não conseguiu treinar. “Com um bebé tão pequenino, uma mudança de emprego e depois com o foco na alimentação não consegui fazer nenhum tipo de exercício físico. Nem mesmo caminhadas.”

Em janeiro de 2023 isso mudou. Inscreveu-se novamente no ginásio, onde tem treinado com mais regularidade e a isto juntou ainda algumas caminhadas em família.

Esta decisão surgiu sobretudo pela necessidade de voltar a ganhar massa muscular. “Ao passar por um processo do género de perda de peso, não é só gordura que desaparece. Neste momento estou flácida, por isso, a grande meta agora é voltar a construir músculo e tonificar”, revela.

Neste momento pesa 65 quilos — menos 35 quilos com que começou o processo. Mas sentia que estava a estagnar e pediu ajuda à nutricionista Ana Pabla para voltar a ver resultados. “Simplesmente adequei quantidades e aumentei, novamente, a ingestão proteica”, revela Filipa.

Os benefícios da transformação, porém, não se resumiram à aposta, nem são apenas físicos. Sara não tem palavras para descrever o impacto positivo que a mudança teve na sua autoestima e na sua saúde. Contudo, não o considera concluído: passou a ser um estilo de vida que se tornou rotina. E agora tem o objetivo de perder mais alguns quilos e chegar ao seu peso ideal, os 58 quilos.

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