O Tejo é o rio mais extenso da Península Ibérica, com um curso de 1.100 quilómetros. Passa por paisagens deslumbrantes, desde que nasce na serra de Albarracim, em Espanha, até chegar ao Oceano Atlântico, em Lisboa. Para admirar a beleza de alguns locais que o rodeiam, as atividades ao ar livre são a melhor estratégia. A 5 de abril, sábado, há uma caminhada pelos miradouros do Tejo, em Vila Franca de Xira.
A iniciativa, organizada pela Caminhando, percorre um total de 16 quilómetros, por áreas arborizadas, ao longo de cinco horas. Leva os participantes a locais de destaque, que permitem observar imagens panorâmicas da Lezíria e do rio. A partida acontece às 9 horas e o retorno às 14h30, com o ponto de encontro no parque de estacionamento do Lidl, em Povos.
Além da paisagem natural, a atividade celebra também a história da zona, dando a conhecer diversos locais emblemáticos. Ao todo, são três os edifícios incluídos no trajeto. Primeiramente, será visitada a Capela do Senhor da Boa Morte, uma igreja cercada pelas ruínas do solar dos Condes de Castanheira (um palacete senhorial antigo), e pelos restos do Castelo e da sua necrópole. Esta capela foi construída no século XVI, por António de Ataíde, Conde da Castanheira, que habitava no local.
O edifício foi erguido no lugar de uma igreja, destruída durante um terramoto, em 1531. A capela-mor mantém o estilo gótico da época, mas foi revestida por azulejos do século XVII. Nos anos de 1800 foi construída a nave principal e decorado o interior do edifício, sendo ainda estes os elementos ornamentais presentes.
Outro local emblemático é a Quinta da Fábrica, particularmente importante na localidade devido ao seu aproveitamento para o setor agrícola. Trata-se de um complexo industrial, fundado em 1729, que serviu originalmente como a primeira fábrica de curtumes do reino de Portugal, e que tem ainda uma capela adjacente.
O Monte dos Castelinhos é o último local e remota à Idade do Ferro, que aconteceu entre 1200 a.C e 550 a.C, e à época dos romanos. Trata-se de um sítio arqueológico com mais de 10 hectares de extensão, com uma ligação natural entre as margens do Tejo e o interior da Península de Lisboa. Deste local foram recuperados vários objetos históricos, como tijolos, pesos de tear, cerâmica doméstica e mobiliário em bronze.
Todas estas construções estão em terreno elevado, para que seja mantido o propósito de avistar o rio e as paisagens envolventes. A caminhada chega a uma altitude de 541 metros. As inscrições podem ser feitas online, por 10€ por pessoa.
Carregue na galeria para conhecer alguns locais por onde passa a caminhada pelos miradouros.