Em 1921 o mundo ainda se sentia assombrado pela Primeira Guerra Mundial. Estavam prestes a começar os Loucos Anos 20, que poriam os Estados Unidos da América a viverem como se não houvesse amanhã. Foi também o ano de nascimento de Jean Bailey, uma antiga instrutora de fitness que mostra que todos podem e devem praticar a modalidade, independentemente da idade.
Agora com 102 anos, é uma das residentes na Elk Ridge Village, uma comunidade sénior em Omaha, Nebraska (EUA). Mas não é apenas mais uma mulher que ali habita, tendo um outro papel fulcral: é ela que guia as sessões de fitness com todos os outros vizinhos. Tudo começou em 2020, durante a pandemia de Covid-19. “Não conseguíamos sair, então simplesmente usámos o chão para fazermos exercícios e isso tornou-se num hábito”, conta a centenária ao programa de televisão “Good Morning America”.
A rotina mantém-se e, atualmente, cerca de 12 residentes participam nas suas aulas que acontecem quatro vezes por semana. Durante as sessões fazem sobretudo movimentos circulares, alongamentos dos pés e dos braços. “Sigam o vosso próprio ritmo, o importante é que se mexam”, é o conselho que dá antes de demonstrar os exercícios.
“Começamos com o queixo no peito e depois fazemos movimentos circulares com a cabeça. Depois passamos para os braços e pernas e treinamos as costas. Os exercícios são todos muito bons, especialmente aqueles que se focam nos joelhos e ancas. É importante treiná-los se queremos continuar a andar”, realça.
Além das sessões, Jean, que foi florista e instrutora de fitness quando era mais nova, gosta de passar tempo com os vizinhos. Alguns dos seus hobbies incluem jogar às cartas (mais especificamente blackjack). “Acolhe bem toda a gente”, diz, desta vez, Sean Tran, diretor da Elk Ridge Village que a conhece desde que ela se mudou para a comunidade em 2009. “Participa em todas as atividades que nós oferecemos. Aqui toda a gente sabe quem a Jean é e todos querem passar tempo com ela. É uma querida”, acrescenta.
Se está à procura do segredo para a longevidade da centenária, não o vai encontrar. Porquê? Nem ela sabe a fórmula. “Não há nenhum segredo. Aposto que os genes têm alguma coisa a ver com isto, ou talvez o facto de sempre ter estado ocupada.” Durante a entrevista partilhou o seu lema de vida, que faz questão de dizer antes de cada aula: “Apenas conseguimos multiplicar a felicidade se a dividirmos”.
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