Ginásios e outdoor

Liliana chegou a pesar mais de 100 quilos. Deixou os “maus hábitos” e perdeu 35

O processo de perda de peso da gestora bancária foi "desafiante". Mudou radicalmente de estilo de vida, mas sem dietas loucas.
O antes e depois.

“Aos 66 quilos percebi que tinha ido longe demais. Estava muito magra e deixei de me reconhecer.” Esta foi apenas uma das etapas da “montanha-russa” que foi o processo de perda de peso de Liliana Oliveira. Aos 35 anos pesava mais de 100 quilos e sentia-se cada vez mais infeliz. Decidiu mudar e atualmente sente-se bem no seu corpo. A gestora bancária contou à NiT todos os pormenores desta jornada “desafiante”.

“Tinha excesso de peso há muitos anos. O estilo de vida, associado à profissão que tenho, que me obriga a estar longas horas sentada, acabaram por piorar ainda mais a minha condição”, explica. Liliana sabia que precisava mudar, mas quando a pandemia e os sucessivos confinamentos chegaram deixou de se reconhecer.

“Os problemas familiares, desgostos amorosos e o facto de ter de estar sempre em casa culminaram num aumento de peso dramático”, resume. Quando a lisboeta decidiu, por fim, olhar seriamente para balança o número já estava acima dos três dígitos. “Cheguei a pesar mais de 100 quilos”, acrescenta.

Na passagem de ano de 2021, a gestora bancária bateu no fundo. “Não me conseguia reconhecer na imagem que o espelho refletia. O meu corpo e a minha cara estavam muito diferentes. Não conseguia fazer um pequeno esforço sem ficar com falta de ar. Nesse mesmo dia assumi um compromisso comigo mesma: ia tentar de tudo para conseguir perder peso e tornar-me mais saudável.”

Liliana Oliveira sabia que teria de passar por uma mudança comportamental e uma reeducação alimentar. E o primeiro passo que a levou à transformação que procurava, foi mesmo esse. “Tinha maus hábitos. Comia fast food muitas vezes por semana, o meu pequeno-almoço era sempre um pão de Deus misto barrado com manteiga. Fumava, bebia álcool e era muito sedentária. Não fazia qualquer tipo de exercício”, conta.

O poder da alimentação

Na altura morava com uma amiga que seguia um regime alimentar saudável e muito rigoroso, motivada por problemas de saúde. “Inspirei-me na força de vontade dela e no que comia, mas fiz umas adaptações”, explica. E continua: “Comecei a reduzir quantidades e a fazer mais refeições por dia. Antes fazia apenas três— pequeno-almoço, almoço e jantar — e depois passei a incluir alguns lanches, para me sentir mais saciada.”

A gestora bancária começou a interessar-se mais pelos alimentos, e pesquisou sobre os que devia apostar para atingir os objetivos. “Deixei de fumar e pus o álcool de lado. As refeições à base de fast food e comidas ultra-processadas também passaram a ser menos frequentes e percebi que teria de fazer algumas trocas alimentares”, diz. O pequeno-almoço pouco saudável acabou por se transformar num iogurte com fruta e o almoço e jantar passaram a incluir mais legumes e verduras. Outra grande mudança foi passar a cozinhar e planear as refeições, uma das coisas “mais desafiantes” do processo.

O tempo foi passando, os resultados começaram a chegar e Liliana começou a fazer outras mudanças. “Assim que me senti capaz comecei a fazer caminhadas e, depois, quando já tinha perdido alguns quilos, inscrevi-me no ginásio.” Nos primeiros tempos ainda tentou treinar sozinha, mas percebeu rapidamente que teria de procurar a ajuda de um profissional.

“Os meus objetivos foram mudando durante o processo. Ao início queria chegar aos 69 quilos, só por ser abaixo dos 70. Quando consegui, pensei: E agora? Decidi continuar e ver até onde era capaz de ir.” Durante o processo, os resultados motivaram-na a continuar e foi perdendo mais peso. “Passei a utilizar roupas mais justas e a ter outra confiança. Isso deixava-me muito feliz”, sublinha. Porém, quando se viu com 66 quilos sentiu que tinha ido longe de mais. “Voltei a não me reconhecer, mas desta vez por estar muito magra. Perdi, ao todo 34 quilos, num espaço de um ano.”

A rotina atual

Dois anos após ter decido dar uma volta de 180 graus à sua vida, Liliana Oliveira continua a treinar com a personal trainer Magda Ferreira, que lhe prepara um plano personalizado e adequado aos seus objetivos. “Treino cinco dias por semana e todos os dias trabalho grupos musculares diferentes. À segunda-feira exercito a zona do tronco e peito. Depois, à terça, passo para glúteos, e à quarta para as costas. Os treinos de quinta e sexta são dedicados às pernas e ao cardio”, revela. O plano é feito para conseguir ganhar a definição que agora procura. “Devido à grande perda de peso fiquei com a pele mais flácida, mas não tive que recorrer à cirurgia. São as marcas do meu esforço e não me traumatizam, mas quero sempre procurar a minha melhor versão”, diz.

A alimentação é completamente diferente da que tinha em 2020. Agora, começa o dia com um batido de frutas, legumes e leite, ou água. Esta opção pode ser também trocada por um iogurte skyr, que é proteico, com fruta. A meio da manhã come, normalmente, uma peça de fruta e dois queijos tipo Babybel. Ao almoço come duas colheres de hidratos, peixe cozido ou frango grelhado, com legumes cozidos ou salada. À tarde, dependendo do que comeu de manhã, pode optar por um iogurte ou por papas de aveia. O jantar é idêntico ao almoço, mas começa sempre com sopa e não inclui hidratos.

Com 70 quilos, a gestora bancária sente-se feliz, confiante e orgulhosa do que conseguiu. “Agora adoro ver-me ao espelho. Gosto do que vejo e isso reflete-se também na minha saúde mental.” Deste processo confessa que tira várias conclusões, a mais importante, como diz à NiT é: “Temos de nos priorizar, de colocar sempre em primeiro e cuidar de nós próprios em todos os sentidos. É fundamental para nos sentirmos bem tanto a nível físico como psicológico.”

Carregue na galeria para ver algumas imagens de antes e depois de Liliana Oliveira.

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