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“Mães pela Canábis” saem à rua pelo acesso à planta para fins medicinais

A macha está marcada para este domingo, 2 de abril, em Lisboa. Em Portugal, o uso medicinal está regulamentado desde 2018.
O ponto de encontro é aqui.

Este domingo, 2 de abril, as ruas de Lisboa vão receber uma marcha pelo acesso universal à canábis e ao cânhamo em Portugal, para uso medicinal. “Uma planta de todos, para todos!” é o mote para o movimento organizado pela associação “Mães pela Canábis”, criada em 2022.

“Em Portugal há milhares de pacientes, incluindo muitas crianças, que utilizam com sucesso óleos e outros derivados da canábis no contexto do tratamento de patologias como a epilepsia, a dor crónica, a esclerose múltipla ou o cancro, entre outras”, começam por explicar. Porém, “apesar de o uso medicinal em Portugal já estar regulamentado desde 2018, a maioria dos doentes continua sem acesso às substâncias”, acusa a associação.

A filha de Paula Mota, uma das fundadoras do movimento, sofre de epilepsia refractária e é uma das muitas doentes que registou melhorias após o recurso a esta terapêutica. Porém, o acesso a este tipo de produtos não é fácil. “Apesar de Portugal ser um dos maiores produtores de canábis do mundo, com mais de 30 empresas já licenciadas no país, não há opções para os nossos filhos nas farmácias, mas também não podemos cultivar por isso somos obrigados a recorrer ao mercado ilícito! Além disso, a maioria dos médicos ainda não está a prescrever e os currículos das faculdades de medicina não foram atualizados com o Sistema Endocanabinóide (vasta rede de sinais químicos e recetores celulares que interagem entre si no nosso cérebro e corpo)”, afirma em comunicado citado pelo “Notícias ao Minuto”.

As “Mães pela Canábis” denunciam “a contínua criminalização das pessoas que cultivam em casa e que têm sido detidas e acusadas de tráfico de estupefacientes por terem apenas algumas plantas para consumo próprio”.

A associação apelou a todas as “famílias, pacientes, cuidadores, agricultores, comerciantes de cânhamo e todos os utilizadores de canábis” para que se juntem em Lisboa e marchem juntos “para mostrar que o acesso a esta planta é um direito fundamental de todos.”

O ponto de encontro é no Largo de Camões, às 15h20, e arranca para a Assembleia da República, às 16h20.

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