Ginásios e outdoor

Marco Costa: a receita do pasteleiro para ter estes abdominais

O cozinheiro diz à NiT que segue uma equação matemática para manter os músculos (super) definidos.
Marco tem 33 anos.

Torta de laranja, brigadeiros e ovos de chocolate. Estas são apenas alguns dos doces mais populares que o antigo concorrente da “Casa dos Segredos” faz quase todos os dias. No entanto, a julgar pelas últimas fotografias da sua página do Instagram, ninguém diria. O pasteleiro Marco Costa, 33 anos, está mais fit do que nunca. À NiT revelou que não é “assim tão difícil resistir aos bolos”, porque faz de tudo “um equilíbrio”.

Para conseguir chegar a essa “plenitude” rege-se por uma simples equação matemática. “Costumo dizer que a minha vida é um 80—20: a maioria da percentagem é dedicada a um estilo de vida saudável, em que treino, sou focado e esforço-me por manter uma alimentação saudável. Os restantes são para as loucuras, como sair à noite, ou comer sobremesas.”

No entanto, confessa que há receitas que o fazem desviar deste caminho da vida saudável. “Tudo o que leva chocolate e leite condensado dificultam-me sempre a tarefa (risos). Nos últimos dias tenho feito muitos brigadeiros e, bem, não é mesmo nada fácil. Mas no final é o foco ganha (quase sempre).”

E se há momentos para “facadinhas na dieta”, também há muito exercício por trás. Marco treina todos os dias, desde os 15 anos, no mesmo ginásio, na Pontinha (em Lisboa). “Quando entrei no XL pela primeira vez e perguntaram-me qual era o meu objetivo, apontei para uma revista que tinham no balcão, por acaso era a ‘Men’s Health’. E disse-lhes que queria ficar com um corpo para posar para uma publicação do género”, conta.

Volvidas quase duas décadas cumpriu o objetivo. Agora a sua fotografia (e os abdominais definidos) expostos nas bancas de todo o País. No entanto, não teve que passar por uma transformação drástica. À NiT confessa que “mal fez musculação”, porque tinha sido operado semanas antes da sessão. “Os resultados vieram apenas da alimentação e do cardio”.

Para o empresário não é descabido que tenha conseguido estes resultados. “Treino há muitos anos, já fiz competição de culturismo e o corpo tem memória muscular. O foco e a consistência são a chave”, admite.

Esta não foi a única conquista de 2023. Marco Costa foi pai da pequena Emília, concretizando, assim, um sonho também antigo, lançou o terceiro livro no início de outubro, o “O Segredo da Receita”, abriu um restaurante de sushi, na próxima semana irá lançar um novo projeto de venda de produtos de casa e ainda comprou “o carro que tanto queria”: um Porsche. Mas “nada foi por acaso”, “são só os frutos de muitos anos de trabalho, dedicação” e poucas horas de sono.

 

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O exercício como terapia

O pasteleiro acorda todos os dias às 3h30 e divide o dia entre os fornos da fábrica, a gestão das pastelarias e dos outros negócios, como a imobiliária e os deveres de pai, ir buscar o primeiro filho à escola ou jogar futebol com ele. No meio disto ainda arranja tempo para treinar — aliás, é “uma tarefa inegociável”.

“É bom para a saúde física e mental e ajuda-me a estar equilibrado, por isso assumo-o como uma reunião à qual não posso faltar. Depois nessa hora que lá estou não pego no telemóvel, estou completamente focado em mim.”

O ginásio é o sítio onde Marco Costa gosta de desanuviar. “Uso essa hora para descarregar os problemas e as frustrações, assim não levo nada para casa. E ainda me ajuda a queimar as pequenas loucuras das sobremesas”, diz à NiT.

A rotina de treino é variável, mas há dois movimentos que nunca falham. “Elevações, para treinar o tronco e costa e squats porque trabalha os membros inferiores”, refere. Mas há outros que “são mais uma obrigação”, porque odeia ter de fazê-los. “Treinar abdominal é quase um sacrifício, mas é importante tanto para a postura como para aguentar os outros exercícios de força, por isso esforço-me para incluir esses exercícios no plano.”

Alimentação sem cair “em modinhas”

Assim que acorda, ainda de madrugada, toma um café e segue para a fábrica. Por volta das 6h30 vai treinar. Quando termina, às oito horas, toma um batido de proteína. Cerca de duas horas depois, come pela primeira vez. “Gosto de ovos mexidos, ou uma sandes e um sumo de laranja.” Pára para almoçar às 13 horas, com “menu completo”, ou seja, hidratos, proteína e legumes ou salada. Depois janta, por volta das 20 horas, e acabaram-se as refeições do dia.

“Faço um género de jejum intermitente. É raro comer antes das 10 horas, porque gosto de estar muitas horas sem comer. Este plano permite-me ter mais flexibilidade na hora do dia que quero concentrar o maior número e calorias. Por exemplo, se for jantar fora, tenho mais liberdade para exagerar”, explica.

Embora tenha esta rotina perfeitamente definida, não conta calorias, nem pesa a comida. “Quando competia era obrigado a fazer isso [contabilizar o que come]. Se não for para um fim como o da competição, acho que é só uma questão de modinhas”, diz.

E esclarece logo a seguir: “Uma alimentação equilibrada é o que basta. Quando começamos a conhecer o nosso corpo, já sabemos o que nos faz bem, o que não faz. Ou seja, retirando o açúcar, os fritos e os molhos, que são normalmente o que nos faz engordar, não há necessidade, caso tenhamos fome, de nos estarmos a privar de comer mais legumes, um ovo ou mais um bife”.

Sobre o culturismo diz que “não tem qualquer saudade de competir”, porque acredita que tudo o que é alta competição deixa de ser saudável. “Gostei desse período, em que aprendi a ter foco. Mas neste momento as minhas prioridades são outras. Não quero estar dependente de levar a marmita para todo o lado, ou não partilhar um jantar com a minha mulher, ou um chocolate com o Vicente [o enteado].”

Neste momento, Marco Costa tem a possibilidade de gerir os seus horários, mas assume que a “organização é tudo”. “Tenho literalmente tudo apontado numa agenda, assim nada falha. Nem o treino, nem a vida pessoal. Só assim consigo gerir tudo.”

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