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Médicos alertam: em Portugal “há uma grande carga” do vírus que causa a bronquiolite

"Aos 12 meses, aproximadamente metade dos miúdos já teve uma infeção pelo vírus sincicial respiratório", frisam os especialistas.
Atinge muitos miúdos até aos 5 anos.

Um grupo de médicos portugueses alertou esta segunda-feira, 27 de março, que há uma grande carga da infeção por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em Portugal. Os especialistas defendem a definição de um método preventivo universal para todos os miúdos.

O VSR é a causa mais comum das infeções nas vias respiratórias (como as bronquiolites), até aos 5 anos de idade e um dos motivos que leva ao aumento de internamentos durante as estações mais frias. Os sintomas começam normalmente com secreções nasais, o chamado pingo do nariz, a tosse, a dificuldade a respirar e/ou uma respiração tipo assobio. “A febre pode, ou não aparecer”, disse à NiT o pediatra Paulo Venâncio.

Segundo a Rádio Renascença, no documento a que a Lusa teve acesso e será entregue à tutela, os peritos lembram que as infeções respiratórias por VSR obrigam a hospitalizar por ano 5,6 miúdos em cada mil com menos de cinco anos.

“Aos 12 meses, aproximadamente metade dos miúdos já tiveram uma infeção pelo vírus sincicial respiratório. (…) E os estudos dizem que aos três anos todas as crianças já tiveram pelo menos uma vez uma doença causada pelo vírus”, disse o pediatra Manuel Magalhães, do Centro Materno-Infantil do Norte, que participou neste trabalho, aqui citado pelo mesmo meio.

Os especialistas sublinham que esta doença é subestimada em Portugal e insistem na importância de definir medidas de combate a este vírus. Entre elas destacam-se a alteração do boletim individual de saúde infantil e juvenil, para que a abordagem passe a ser obrigatória em consultas de pediatria e a facilitação do processo burocrático da falta ao trabalho dos pais. Segundo os clínicos envolvidos, se assim não for, os pais, não podendo faltar, acabam por ter de levar os filhos para as creches e aumentam as possibilidades de outras crianças serem contaminadas.

Os neonatalogistas, médicos de saúde pública, enfermeiros e outros envolvidos defendem que deve  existir um “método preventivo universal” que seja disponibilizado “de forma equitativa” a todos os miúdos.

Leia também este artigo da NiT para saber quais os sintomas deste vírus e o que deve fazer caso o seu filho os apresente.

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