“Uma das primeiras coisas que fiz quando cheguei a Lisboa foi procurar um espaço para fazer exercício. Depois de muitas tentativas, percebi que não tinha nada que me correspondesse.” Foi este o problema que trouxe a solução tanto para a vida de Carine Lucas, como para todos aqueles que sentem que os espaços tradicionais de treino físico em Portugal precisam de um grande (e único) makeover. Tem um nome, Studiorise, uma morada em Campo de Ourique, e a certeza de ser um projeto que já fez nascer, em Lisboa, uma nova geração de boutique fitness.
“Fitness is boring” (o fitness é aborrecido): é esta a quote escolhida para surgir sobre uma série de cartazes que embelezam as montras do Studiorise. A ideia, já se sabe, desconstruir tudo o que já se viu não só no universo fit como — e sobretudo — no cycling.
Além disso, este projeto promete trazer um conceito totalmente inovador para as ruas da capital portuguesa. Agora, numa versão de estúdio especializado em indoor cycling, proporcionador de uma experiência imersiva que é capaz de colocar quem pelas aulas passa a pedalar ao ritmo de vários estilos de música, num ambiente que faz lembrar o das discotecas, e, imagine, à luz das velas.
“Apostamos na especialização e é por isso que propomos exclusivamente cycling. Isto permite-nos trabalhar cuidadosamente em oferecer a melhor experiência possível nesta disciplina, mas também nos permite oferecer um espaço com um tamanho humano e assim oferecer um serviço individualizado”, começa por explicar à NiT Carine Lucas, uma das fundadoras do Studiorise.
Ao seu lado tem Alexis Péribère, com quem cruzou caminhos na bonita cidade de Paris, em março de 2020, exatamente uma semana antes de a pandemia ter mudado a vida de muitos, inclusive a deles. “Conhecia o Alex, que tinha também um projeto à volta do fitness, por essa altura. Tínhamos a mesma visão e um mês depois decidimos criar o projeto juntos. Passamos muitas horas, no início, a colaborar por telefone, por causa do lockdown”, revelou Carine, acrescentando que o “sonho português” falara mais alto e o objetivo passou a ser apenas um: “fazer as malas e chamar Lisboa de casa.”
Assim nasceu, após um ano e meio de preparação, na porta número 18 da Rua Correia Teles, em Campo de Ourique, o Studiorise. Nesta segunda-feira, 4 de outubro, o projeto abriu, finalmente, portas a todos aqueles que procuram transpirar de uma forma totalmente inovadora, pelo menos em terras portuguesas. E precisa de muito pouco: “Basta apenas levar a sua roupa desportiva”, garantiu à NiT Carine.
“Fornecemos os sapatos, toalhas para os balneários e para a cycling room, gel duches da Dr Bronner, shampoo da Davines, desodorante biológico, loção para o corpo, etc. E pequenos detalhes como uma “charge box” para recarregar o seu telemóvel enquanto está a fazer a aula.Temos mesmo uma abordagem “easy life” para facilitar a vida de cada cliente.”
O arranque foi ainda marcado pelas várias propostas, já bem definidas, de aulas de 45 minutos, onde a música é talvez a grande protagonista. O que explica aquela que é a base de todas estas sessões de cycling no Studiorise: “Ride to the beat”. Isto, com a ajuda de uma equipa de sete treinadores que, acima de tudo, são artistas: bailarinos apaixonados pela música e pelo movimento, amantes de diversos estilos que vão desde o ballet, ao hip-hop, afro house ou contemporâneo e até atores ou performers de music hall.
“Pedalamos ao ritmo da música num cubo acústico iluminado somente pela luz das velas. Uma experiência imersiva de 45 minutos que nos permite desconectar, uma experiência de grupo que nos dinamiza. Acreditamos também muito no poder da música, é por esta razão que os nossos treinadores criam playlists diferentes para cada aula. Escolhemos também um sistema som normalmente usado em Night-Clubs para fortalecer esta experiência.”

Além disso, os criadores deste mais recente projeto de fitness “not boring”, interpretam este novo espaço (e conceito) como algo bem maior do que um ginásio. E há várias razões para isso. Por exemplo, no andar térreo, existe um spot acolhedor “onde qualquer pessoa pode descontrair, encontrar-se com amigos, beber e comer um snack healthy, ou comprar produtos de várias marcas wellness exclusivas em Portugal.” Mas está longe de se ficar por aí.
“Vamos também ter eventos a decorrer a cada mês: palestras temáticas, atividades em pop up ou mesmo ride especial. Já podemos anunciar que no fim do mês de outubro, vamos ter a primeira edição do Disco Cycling Club: uma aula de cycling acompanhada por um DJ em live”, revela Carine.
Para já, as aulas do Studiorise vão acontecer em horários diferentes (que podem ser consultados no site do estúdio de cycling), onde se vai impor apenas uma regra: cada sessão terá de desencadear uma experiência completamente nova e diferente, sempre baseada, claro, na música e no ritmo. Durante a manhã, à hora de almoço e ao final da tarde, há aulas para todas as disponibilidades (e, por isso, para todos).
No que toca a preços, o projeto conta com uma oferta de abertura, com uma aula para os novos clientes — Starter ride — por 10€. A partir daí, cada aula (Single) passa a custar 20€. Além disso, está disponível um Welcome Pack com três aulas no valor de 30€. Os Packs 5 (90€), 10 (160€), 20 (280€) e 30 (390€) também podem ser adquiridos.
“Acreditamos que agora as pessoas não vão apenas a um espaço, porque gostam de multiplicar as experiências. Podem vir na segunda-feira ao cycling e na quarta irem a um estúdio de Ioga. Esta complementaridade é para nós o futuro do mundo do fitness”, aponta, por último, uma das impulsionadoras do projeto Carine Lucas.