Ginásios e outdoor

A nova boutique de treino imersivo é perfeita para quem não gosta de ir ao ginásio

O Heate Zone nasceu nas Colinas do Cruzeiro, em Odivelas, com a missão de garantir um espírito diferente (e acompanhamento profissional) na hora de treinar. A NiT foi ver como ali se treina.
A NiT foi ver como ali se treina.

Na hora de treinar, cada pessoa tem a sua história. Há quem goste de se aventurar sozinho quilómetros a fio na natureza e quem goste espaços de grandes, com mil e uma opções. Mas há também quem procure manter-se em forma mas se sinta um pouco perdido em ginásios maiores.

Numa altura em que os ginásios estão de volta ao ativo em Portugal, vão surgindo cada vez mais alternativas para todos os gostos, para que não haja desculpas para não procurar estar em forma. Em Odivelas, nas Colinas do Cruzeiro, surgiu um novo espaço que acompanha a tendência crescente das fitness boutiques.

Os primeiros treinos da Heate Zone foram até na rua, antes de encontrarem um espaço físico. Já este mês, após a reabertura dos ginásios no passado dia 5 de abril, surgiram num espaço novo, renovado, já a pensar nesta tendência que tem crescido lá fora e que começamos a ver cada vez mais por cá.

João Cascão trabalhou durante alguns anos como personal trainer (PT) independente em alguns ginásios de grandes grupos mas a ideia para este projeto era já ter um modelo de ginásio diferente. Antes de o lançarem, conta-nos, começou por dar uns treinos gratuitos na rua a grupos, ainda em 2019.

“Era mesmo para testar o conceito, perceber se a malta gostava de treinos com acompanhamento. Quando já tinha um grupo de 50 ou 60 pessoas investimos aqui num primeiro espaço em Odivelas”, conta à NiT.

“Fomos crescendo, devagarinho, que ao início ainda tínhamos pouco material”, recorda ainda. Foram juntando peça a peça e, quando a pandemia chegou, obrigando os ginásios pelo País fora a manter portas fechadas, foi a altura de não ficar de braços cruzados e apostar em trabalhar naquilo que seria o futuro.

A ideia aqui continua a ter de se adaptar às restrições da pandemia mas o objetivo é ter grupos pequenos, com acompanhamento de PT. “É uma forma de as pessoas terem os benefícios de um PT mas a um custo acessível, que muita gente não consegue suportar os custos de um PT”, afirma.

A marca diferenciada é uma experiência imersiva que espera fazer justiça ao slogan do Heate Zone: “A melhor hora do dia”. No site, aliás, explicam assumem mesmo: “orgulhamo-nos de não sermos um ginásio”. Por aqui não se veem máquinas amontoadas a tentar fazer render o espaço. O treino é com pesos, kettlebells, barras, sacos de boxe, caixas de salto e movimentos e o peso do próprio corpo. A ideia é ser funcional e sustentável. E não há cá nada de treinar por treinar. É o tal espírito de fitness boutique que ali impera.

Como se cria, no entanto, o tal ambiente imersivo? É também uma questão de criatividade e cuidado na abordagem, para dar algo de novo. “É a quebra da rotina da pessoa no dia a dia”, reforça João Cascão. E acrescenta: “o nosso objetivo passa muito por aí, por melhorar a saúde da pessoa e dar-lhe os resultados que deseja, mas também esta quebra na rotina, num bom ambiente, de luz”.

“Este conceito [fitness boutique] já existe há mais tempo lá fora, nos EUA e na Europa. Houve um grande boom em Londres. Por cá ainda está a começar a surgir. Mas muitas vezes o conceito é até mais de quantidade, de calorias queimadas, de tentar o ‘mais, mais, mais’, e nós queremos ir mais pela qualidade. É a qualidade dos movimentos, o focar mais na pessoa”.

Há diferentes mensalidades.

Entre os clientes há quem nunca treinasse e tenha encontrado ali um sítio onde sentem o acompanhamento. Mas há também quem tivesse ido à procura de algo diferente. “A maior parte das pessoas até já treinou em ginásios mas mantiveram-se connosco e é o tal fator do acompanhamento. As pessoas estavam nos ginásios e ou não sabiam bem o que fazer, ou não gostavam daquele treino de passadeira ou nas máquinas, que era mais monótono, enquanto aqui o treino é sempre diferente, não precisa de máquinas e tem esse lado do acompanhamento”.

Num treino imersivo entram várias componentes, explica-nos João Cascão. “Começa logo na programação do treino e nós temos muito cuidado a fazer o plano de treino, de forma a que os exercícios sejam mais fluídos, naquela passagem de exercícios mais cardiovasculares para exercícios de resistência muscular”.

“Depois”, prossegue, é também um treino ritmado e intervalado. “Tanto estamos em trabalho como em curtos descansos. A pessoa não tem tempo para estar a pensar em muita coisa”, brinca. Tudo isto é coordenado com um jogo de luzes, “que vai mudando consoante a energia do treino em si”. A sala fica vermelha na fase intensa, passando depois a azul na fase de alongamentos.

As luzes fazem ainda se acompanhar de música, algo que já tem sido estudado pela forma como pode potenciar um treino. “Na parte de aquecimento a música corresponde a esse ritmo e intensidade, e quando é uma parte mais intensa a batida à mais rock, com uns AC/DC”, exemplifica.

Nesta fase o método decorre ainda em treinos individuais, como mandam as regras em vigor, mas a partir de 3 de maio o espírito será mais de treino em grupo. Sem grandes confusões, claro. E sempre a bom ritmo, como se quer.

O Heate Zone conta com duas modalidades diferentes de treino, o M3 Plus (com mensalidades de 60€ a 90€) e o M3 Pro (com mensalidades de 80€ a 240€). A pessoa escolhe em função do que procura, do tipo de treinos, que não precisam de máquinas e incluem opções como HIIT, boxe. Podem ser mais focados em resistência muscular ou em força (e o preço varia também em função do nível de acompanhamento).

A NiT foi conhecer o espaço de perto para perceber como funcionam os treinos no Heate Zone. Carregue na galeria e descubra um pouco mais sobre este novo espaço.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Avenida das Acácias N.2 Loja-1, Colinas do Cruzeiro
    2675-221 Odivelas
  • CONTACTOS
  • HORÁRIO
  • Segunda a sexta, das 7h às 20h30

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