Cerca de 80 por cento das pessoas inscrevem-se num ginásio para perderem peso ou ganharem massa muscular, segundo a análise empírica do personal trainer Paulo Ah Quin. No entanto, quem procura os serviços de PT tem motivações mais fortes para cumprir uma rotina de treino.
“Têm razões mais específicas, como uma patologia, uma lesão, dificuldade em atingir um certo objetivo ou quem tem objetivos mais desafiantes, como conseguir fazer uma maratona. Também acontece termos clientes com objetivos de perda de peso ou ganho muscular, mas não acho que sejam o fator decisivo para ter um PT”, adianta o especialista.
Neste tipo de treinos a personalização é o maior benefício, visto que todos os exercícios são pensados para aquela pessoa de acordo com os objetivos específicos, historial de atividade física, performance e até motivação. E este é um serviço que é cada vez mais popular em Portugal.
“Desde a pandemia que se nota que as pessoas valorizam mais a saúde e é notório o aumento pela procura pelo serviço de PT”, acrescenta.
Apesar de este ser um trabalho feito a dois, entre cliente e personal trainer, hoje há mais um elemento nesta relação — e que, na maioria das vezes, não é benéfico — as redes sociais.
“O fitness tem muitos mitos e as redes sociais não ajudam. Promovem ideias que nós depois, como profissionais, temos de desmistificar e dá-nos muito mais trabalho gerir as expetativas. Por exemplo, uma pessoa que acha que consegue perder 10 quilos num mês e temos de explicar o que é preciso para perder esse peso. E que não vai acontecer do dia para noite. Assim como não ganhou os 10 quilos num mês, não os vai perder”.
Paulo acrescenta: “Os mitos mais comuns são as dietas milagrosas, o jejum intermitente, especialmente casos em que vão treinar em jejum sem se preparem para isso, o que leva a maioria a sentir-se mal durante o treino. Depois há também pessoas que passam os treinos a fazer abdominais porque querem perder barriga — temos que explicar que quando treina o bícepe está à espera que este aumente, portanto porque é que acha que no abdominal vai acontecer o contrário? Ou por que é que acha que fazendo o que vê no Instagram ou numa revista cor de rosa vai funcionar no seu caso.”
Apesar de todas estas expetativas irrealistas, podemos continuar a realizar o circuito de máquinas ou pesos que encontrámos online. Desde que o praticante tenha experiência e se sinta confortável com os exercícios em questão.
“O pior são mesmo as loucuras na dieta, especialmente quando se aproxima o verão e querem compensar em dois ou três meses tudo o que não fizeram num ano. Isso é perigoso”, afirma Paulo Ah Quin.
A verdade é que ter bons resultados não é possível sem um equilíbrio entre treino, alimentação e descanso. Nos ginásios Holmes Place tem acesso a estas três valências, graças aos serviços de PT e nutrição, mas também ao SPA, que é uma ótima ajuda na recuperação muscular.
No caso do personal training, que é supervisionado por Paulo, há várias modalidades possíveis, sempre com o foco na adaptação à disponibilidade do cliente. O serviço começa nos 160€ por um treino semanal de 30 minutos. A partir daí é possível aumentar o tempo de treino ou a quantidade. E pode até contratar o serviço de treino partilhado com mais uma ou duas pessoas. Esta opção oferece treinos mais dinâmicos e é também financeiramente mais vantajosa.
A NiT pediu ainda a Paulo Ah Quin para nos dar três dicas essenciais para quem treina no ginásio: “Um bom aquecimento é essencial para evitar lesões; tenham mais atenção à técnica e menos ao peso, como por exemplo fazer movimentos com maior amplitude do que aumentar a carga só porque sim; e façam avaliações regulares, pois vão ajudar a perceber se é necessário de mudar de estratégia ou se está em evolução”.
