Ainda o novo campo de golfe português não recebia os primeiros jogadores e já os prémios preenchiam a prateleira. O Dunas Golf Course, na Comporta, foi considerado “o melhor green a abrir em 2023, na Europa e no mundo” e entrou “automaticamente para o nono lugar da lista dos melhores locais para a modalidade da revista ‘Today’s Golfer'”. “Isto nunca tinha acontecido”, declara à NiT Rodrigo Ulrich, diretor do complexo inaugurado no final de 2023.
Todos os anos, milhares de atletas e entusiastas da modalidade encontram em Portugal um dos melhores destino para a prática. A maioria dos campos estão concentrados na zona do Algarve, por isso a novidade a uma hora de Lisboa “tem sido muito bem recebida”.
Localizado numa zona isolada da Reserva Natural do Estuário do Sado, o green tem 84 hectares de terreno arenoso com um “landscape muito original” que desafia até os golfistas mais experientes. Este é o primeiro de dois campos de 18 buracos planeados no projeto. O segundo, O Torre, está a ser projetado por Sérgio Garcia e está previsto para 2025.
Desenhado pelo famoso arquiteto de golfe David McLay-Kidd e inspirado nos complexos do seu país natal, a Escócia, o campo foi pensado para proporcionar uma experiência “completamente diferente” a quem lá vai jogar. Mas tudo tem um preço.
Uma partida custa, em época normal, 185€. Este valor dá direito a uma volta, bolas de aquecimento e a um buggy. No final ainda lhe lavam os tacos. “Uma forma de mostrar o bom hábito português do bem-receber”, afirma Rodrigo Ulrich.
“Os atletas têm um elevado poder de compra e é uma forma de chamar mais estrangeiros a Portugal. Porém, o principal é mesmo combater a sazonalidade que se sente nesta região. O nosso objetivo na Comporta é ter um destino o ano inteiro, não só no verão.”
O responsável de 50 anos acredita que dois motivos que podem justificar as nomeações para prémios nos primeiros meses de vida, desde logo “o desenho do campo” e a localização. O serviço e a qualidade do equipamento são outras das mais-valias destacadas pelo diretor. “Acreditámos que se alguém tira quatro, cinco ou seis horas por dia para estar connosco, temos de o tratar muito bem. E o serviço que proporcionámos é realmente difícil de bater.”
“Temos uma visão especial, orientada pelo que está na vanguarda. Apostámos em qualidade e na sustentabilidade. Temos, por exemplo, um funcionário responsável exclusivamente pela rega. A função dele é olhar para os consumos, para os níveis de humidade e outra série de fatores que garantem a melhor qualidade do campo.”
Mas não é só. O espaço pretende apostar nos torneios, sendo que os proprietários querem integrar um projeto educativo com as escolas locai para ensinar golfe aos miúdos. “Queremos que a modalidade cresça e não seja exclusiva para certos grupos etários e sociais.” Equacionam ainda organizar colónias de férias no verão, para que os mais novos possam entrar em contacto com o desporto.
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