Qual é a primeira coisa que faz mal acorda? Desligar o despertador? Fazer scroll nas redes sociais e ver as mais recentes notificações dos grupos do WhatsApp? Ou vestir a roupa de treino para começar a mexer e acordar o corpo com alongamentos?
Se escolheu a última opção está no bom caminho para ganhar mais anos de vida. Pelo menos é o que defende o fisioterapeuta desportivo profissional Jeff Cavaliere, que partilhou no YouTube a sua rotina de alongamentos e que assegura que “o fará sentir-se dez anos mais novo”. Os cinco exercícios ajudam a alongar as costas, braços e pernas, sem esquecer a coluna.
A rotina começa no chão da sala com o exercício denominado ponte. Com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão, levante a bacia até formar uma linha reta dos ombros aos joelhos, focando-se na contração dos glúteos. Depois, estique o braço para cima, na direção do ombro oposto. Repita para o lado oposto.
O segundo exercício começa também no chão, com os joelhos e as mãos apoiadas, e visa trabalhar a mobilidade da anca, enquanto o terceiro alongamento implica um agachamento com as pernas afastadas. O que vai tentar fazer é levantar o braço acima da cabeça, para fazer uma rotação.
Os restantes exercícios envolvem lunges, especialmente indicados para quem passa muito tempo sentado à secretária, finalizando com mais um alongamento.
Se começa o seu dia com o telemóvel na mão, ainda vai a tempo de alterar a rotina matinal para incluir estes movimentos. “É essencial mobilizar a coluna e os principais músculos que usamos no dia a dia”, sublinha Paulo Ah Quin, regional master trainer do Holmes Place.
Esta sequência de movimentos “permite uma mobilização global e ativação dos vários sistemas, quer muscular, esquelético, circulatório e respiratório, promovendo um aumento da temperatura corporal, melhoria no aporte de oxigénio e nutrientes aos músculos e demais tecidos”, destaca.
Ganhar anos de vida
Quanto realizados logo pela manhã, permitem uma “ativação e o despertar do corpo de forma suave e progressiva”, nota o treinador, que destaca outra vantagem dos exercícios de mobilidade. “Promovem uma sensação de bem-estar e prazer que, a par com a melhoria da amplitude de movimentos, ajuda na oxigenação cerebral e na libertação de endorfinas, o que produz a sensação de estarmos mais jovens.”
Apesar de os exercícios apresentados terem vários níveis de dificuldade, “possivelmente alguns podem ser muito fáceis para algumas pessoas ou demasiado difíceis para outras”, nota. Como qualquer atividade, “o treino deve ser adaptado individualmente, segundo as características de cada um”, destaca Paulo Ah Quin.
O especialista também não aconselha a sequência “a quem sofre de lesões nas áreas ou membros envolvidos nos exercícios, com doenças ou limitações ortopédicas que impeçam algum destes movimentos específicos e com disfunção neuromuscular, que limitem o controlo dos movimentos sem supervisão”.
