Ligue o “party mode” e prepare-se para começar o domingo, de 9 julho, a saltar e a dançar como se não houvesse amanhã. E não se preocupe, porque companhia não lhe vai faltar — terá 499 pessoas à sua volta. A oitava edição do Zumba Colors vai acontecer no Estádio Clube Oriental na zona de Marvila, em Lisboa, e promete ser um dos eventos do ano no mundo fit.
A aula é organizada por uma das duplas mais conhecidas no meio da dança. Os gémeos Wesley e William Parreira foram pioneiros da zumba em Portugal, correram ginásios de renome como o Holmes Place e Solinca, dançaram na televisão e chegaram a dar aulas pelas aldeias mais remotas de Portugal. Já com o Gémeos Academia inaugurado, ainda em 2016, organizaram uma fusão de zumba com as coloridas festas holi no evento Zumba Colors.
O sucesso foi tal que nunca mais deixaram de organizar o evento anualmente, tendo apenas feito uma pausa quando a pandemia chegou. Este ano a mega aula de Zumba não será muito diferente das anteriores, “mas será melhor”. “Esta edição conta com o apoio da Junta de Freguesia de Marvila e do Pingo Doce, o que nos permite fazer algo em grande”, revela à NiT William Parreira, um dos sócios dos Gémeos Academia.
“A parte da manhã será ocupada com aulas de fitness e a tarde será dedicada ao zumba e à dança.” O evento começa às 10 horas com uma aula dedicada ao corpo e à mente, para as 11 horas aumentar a intensidade com uma sessão de cross training. Ao meio-dia poderão fazer a famosa aula de bumbum e logo a seguir às 12h30, uma aula de body combat. A esta hora já deve estar a pedir descanso e é isso que vai poder fazer até às 14 horas, quando terá lugar uma aula de dança com ritmos africanos. Depois, às 15 horas é tempo para uma aula de salsa. Para terminar com chave de ouro, a última sessão é a de zumba, onde serão lançados muitos pós coloridos.
Uma dupla de sucesso
Os gémeos não são novos nestes eventos, nem na dança. Mas não começaram tão cedo quanto se possa imaginar. “O meu irmão, Wesley, veio para Portugal em 2003 e, mais tarde vim eu, em 2007, mas com o objetivo de qualquer emigrante: trabalhar, ganhar dinheiro e voltar para o meu país”, recorda. Porém, a vida trocou-lhe as voltas e acabou por apaixonar-se por Portugal e pela dança e abandonou a ideia de voltar para Goiânia, no Brasil.
“Quando cheguei e comecei a conhecer Lisboa, via o pessoal a dançar ali nas Docas e disse ao meu irmão ‘se eles sabem dançar, nós também’”, conta o brasileiro de 39 anos. Começaram a aprender e a dedicar-se à arte de mover o corpo ao som da música. Deram nas vistas nas pistas de dança, até por serem gémeos. Os donos dos espaços estavam atentos e começaram a contratá-los para animar as noites. “Fui bailarino noturno, dancei muitos anos nas colunas, na época do Cachaça, na noite da Margem Sul. Com o dinheiro pagamos as nossas formações”, sublinha com orgulho.

O passo seguinte deu-o por acaso, no dia em que decidiu abordar os malabaristas de fogo que faziam espetáculos improvisados perto da sua casa. “Pedi-lhes que me ensinassem a fazer aquilo em troca de um almoço. Comprei-lhes o material e demoraram a mostrar-me como se fazia. Depois, bastava acender uma tocha que os turistas alemães e ingleses começavam a gritar. Ficavam doidos”, recorda.
Mais uma vez, recrutou Wesley, pensou num nome — ficou mesmo Twins Dance — e arriscou inscrever-se no concurso do momento que procurava eleger os melhores talentos nacionais, o “Portugal Tem Talento”. Entre mais de cinco mil candidatos, ultrapassaram três eliminatórias de bastidores e ganharam um lugar no palco.
Entretanto, continuaram a dançar e em 2016 investiram tudo o que tinham e abriram o primeiro ginásio, onde começaram a dar aulas da modalidade. Mas em 2020 deram “o salto” e inauguraram os “Gémeos Academia”, um espaço em Chelas com 700 metros quadrados onde o zumba é o grande protagonista.
Quem quiser participar no evento pode inscrever-se até à véspera no site do ginásio. O preço é de 16€ e incluem uma T-shirt oficial do evento e um gift pack onde vêm os sacos de pó colorido que serão usados durante a sessão.