Ginásios e outdoor

“Brutal”. Rota de 20 quilómetros pela Serra da Estrela é uma das mais exigentes do País

Subir penhascos, saltar entre rochas e descer por terreno acidentado são algumas das condições que vai encontrar.
Conheça-a.

Todas as alturas são boas para visitar a Serra da Estrela, mas os meses de inverno são os que chamam mais pessoas a este que é o ponto mais alto de Portugal Continental. As paisagens e cenários que, habitualmente, são de um verde vivo, ficam pintados de branco e deixam qualquer um encantado com a sua beleza.

Não faltam motivos para ir até lá, seja para passear ou percorrer os vários trilhos em caminhadas, ou a correr. Os verdadeiros desportistas escolhem-na para impulsionar as capacidades físicas e um dos melhores circuitos é a Rota do Maciço Central, classificada como uma das exigentes daquela montanha.

Se quer começar o ano a desafiar os seus limites, esta é uma boa oportunidade para o fazer. O trajeto pode ter entre 12 a 20 quilómetros, dependendo do percurso que escolher, e está repleto de declives acentuados e terreno acidentado, pelo que deve estar equipado com sapatilhas e roupa adequada às condições que ali vai encontrar.

A caminhada começa no Covão D’Ametade, uma das zonas mais conhecidas da Serra e que cria um género de refúgio naquela paisagem. Daqui, segue sempre pelo sentido dos ponteiros do relógio entre rochedos íngremes e locais de floresta, com descidas e subidas que vão desafiar a sua capacidade cardio respiratória.

O próximo local é o Cântaro Gordo, numa ligação onde provavelmente é necessário fazer uma pausa devido à dificuldade que qualquer atleta irá sentir. No topo da longa subida, vai conseguir contemplar uma vasta dimensão da Serra da Estrela, assim como alguns dos seus locais emblemáticos como o Covão Cimeiro, os Cântaros Magro, Gordo e Raso, e a Lagoa dos Cântaros.

Após captar vários registos fotográficos da beleza que vai observar, o caminho continua em direção às Salgadeiras (conjunto de pequenas lagoas) e ao Covão da Clareza, até a uma sinalização junto à estrada no Fragão do Poio dos Cães. Nesta altura vai deparar-se com uma vasta descidas, com algumas pedras soltas; por isso, convém fazê-la em segurança e com máxima atenção.

O próximo ponto é a Lagoa do Peixão e o Vale da Candeeira, com um rumo que segue ao longo das suas margens até à Ponte Bolota por onde vai atravessar o Ribeiro da Candeeira. Do outro lado, inicia uma parte da rota entre floresta densa e onde as sinalizações são praticamente impercetíveis, pelo que o melhor será recorrer ao GPS.

Esta é uma das partes mais exigentes de todo o circuito, onde terá de subir penhascos, saltar entre rochas e caminhar entre locais de floresta densa até chegar às Candeeirinhas. Assim que lá chegar, já pode descansar porque a rota está prestes a terminar e só precisa de descer em direção ao ponto inicial. 

Também aqui a vista é de cortar a respiração, com o Vale Glaciar do Zêzere a tornar o final da rota ainda mais bonito e motivador para continuar a fazer este tipo de provas. Antes de se dirigir até à Serra da Estrela, analise se estão reunidas as condições meteorológicas necessárias para a fazer em segurança e escolha dias em que esteja previsto tempo seco e com boa visibilidade.

Este trilho demora cerca de oito a nove horas para concluir e pode escolher ir por outros percursos ao invés do trajeto definido. Faça-se acompanhar de água e alguns snacks para garantir que mantém a energia necessária para terminar a rota. 

Carregue na galeria para ver algumas imagens da caminhada pela Serra da Estrela. 

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