Diogo Rios nunca pensou em abrir um ginásio, mas tinha um sonho: ser empreendedor. “Não sei bem como surgiu a ideia, até porque não tinha ninguém na família que o fosse, mas sempre foi o meu grande objetivo.” Concretizou-o há quatro anos, em plena pandemia, com a abertura do primeiro E-Fit no Lumiar. O sucesso do estúdio levou-a a investir num novo espaço, desta vez, numa das zonas mais concorridas de Odivelas. O novo espaço da cadeia TechBody nas Colinas do Cruzeiro (em Odivelas) foi inaugurado a 22 de dezembro.
O lisboeta de 35 anos conheceu Luíz Santana, o responsável por trazer os treinos eletroestimulação para Portugal, quando ambos viviam em Leiria. Tornaram-se amigos, mas Diogo Rios só conheceu o conceito que o colega dinamizava quando a mulher começou a treinar num dos E-Fit. “Experimentou os famosos treinos de 25 minutos devido a uma lesão e acabou por se render. E eu também”, conta à NiT. “Sempre gostei de praticar exercício físico, porém nem sempre tinha o tempo que desejava para me dedicar ao treino. Com este conceito tornava-se mais fácil chegar aos meus objetivos.”
Assim que experimentou a modalidade percebeu que seria um bom investimento. “Falei com o Luíz para perceber a hipótese de abrir um franchising e como essa possibilidade já fazia parte do conceito lancei-me no negócio.” O primeiro espaço do também personal trainer abriu em 2020, “numa altura desafiante”. Contra todas as dúvidas que surgiram na altura, o negócio correu bem e tornou-se num espaço de referência naquela zona da Lisboa.
No final de 2023, uma grande parte dos espaços que anteriormente eram E-Fit transformaram-se em TechBody. O estúdio no Lumiar de Diogo não foi exceção. A par da renovação do ginásio, quando decidiu abrir em Odivelas, já o fez com o novo conceito.
A mudança de rumo implicou um investimento quase 80 mil euros e muitas novidades. Como já tinha explicado Luíz Santana à NiT, “entra muita inteligência artificial”, o que faz com que seja mais do que um treino de eletroestimulação. O segredo está na roupa utilizada. “O fato vai além da simples estimulação: também regista parâmetros essenciais como as calorias gastas, o ritmo cardíaco, entre outros. É uma simbiose.”
A nova tecnologia foi um dos motivos que levou o marketeer a fazer a mudança. “A inovação foi o principal motivo. Os fatos que utilizávamos com a E-Fit tinham de ser molhados e às vezes surgiam complicações. O facto dos equipamentos não terem fios e serem pensados com outros estímulos dá-nos outra liberdade de movimentos”, explica.
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Nos novos spots de treino todos os atletas têm os próprios equipamentos, que armazenam a informação. “Quando o aluno se inscreve recebe um fato, que é depois programado consoante os objetivos cada um. É tudo mais personalizado, eficaz e inteligente, porque sabemos exatamente o que fazer para atingir os resultados pretendidos.”
Motivação é uma das palavras de ordem da cadeia TechBody, princípio que se reflete no sistema de gaming onde os alunos vão ganhando pontos à medida que fazem os exercícios. “Quantas mais calorias gastam, mais pontuam”, adianta.
O ginásio das Colinas do Cruzeiro tem 80 metros quadrados e ali podem treinar até três pessoas em simultâneo — sempre acompanhadas com um personal trainer. “Os exercícios são totalmente personalizados. No TechBody ninguém treina sozinho. Essa é sempre a prioridade.”
Como funcionam os novos ginásios
Para começar, o processo é simples: inscreve-se, faz uma avaliação e começa a seguir um plano consoante os seus objetivos. O treino é realizado com equipamento EMS (Electric Muscle Stimulation), mas na nova marca, cada atleta tem o seu fato.
“O sistema é diferente. Os elétrodos presentes nos fatos não precisam ser molhados, como acontecia com os outros, e funcionam como segunda pele. Os clientes aprendem a higienizá-lo e levam-no para casa. Se um dia deixarem de treinar connosco, devolvem o equipamento que entra num ciclo de reciclagem.”
A vibração não é contínua, mas intermitente. A estimulação elétrica é feita a diferentes intervalos de tempo, que variam conforme os objetivos. Os exercícios são, depois, totalmente dinâmicos: agachamentos, trabalho com TRX, flexões de braços ou trabalho de cardio na passadeira, e outros, porque o fato permite uma grande mobilidade de movimentos.
A combinação faz com que a tensão muscular e o trabalho metabólico sejam superiores ao de um treino convencional. Apesar do tempo reduzido estará a trabalhar mais de 90 por cento da musculatura do corpo.
Além de um corpo mais tonificado, este tipo de treino permite diminuir o risco de ocorrência de lesões, intensificar o trabalho nas zonas mais problemáticas, combater a celulite e queimar mais gordura.
Devido à intensidade das sessões, só devem ser feitas, no máximo, três por semana. Cada uma tem a duração de 25 minutos, seguidos de cinco a seis minutos de massagem, que também é feita por eletroestimulação. Ou seja, os treinos são curtos, mas muito eficazes — equivalem a várias horas de ginásio. Além disso, a eletroestimulação acelera o metabolismo, levando a um consequente gasto calórico mais elevado, que se prolongará por mais 24 horas após o treino.
Neste momento está a decorrer uma campanha de inscrições: os sócios-fundadores tem oportunidade de pagar 139,90€ (acesso a uma sessão por semana), 215,90€ (duas sessões) ou 295,90€ (três sessões) por mês. Os preços já incluem o valor do fato.
A TechBody também tem espaços no Parque das Nações, Telheiras, Campo Pequeno, Lumiar (em Lisboa), na Parede (em Cascais) e no Porto.
Carregue na galeria para ver algumas imagens do novo ginásio da cadeia nas Colinas do Cruzeiro, em Odivelas.