Após abrir o primeiro ginásio de eletroestimulação em Lisboa, Luíz Santana traçou logo os objetivos seguintes. As novas metas do empreendedor passavam por expandir o conceito, oferecendo sempre a tecnologia que permitisse obter resultados mais rápidos e eficazes. Volvidos oito anos, reinventou-se. A 2 de outubro, inaugurou oficialmente o primeiro espaço da TechBody no Restelo, em Lisboa.
“Tudo mudou, mas a essência do conceito mantém-se igual”, começa por explicar Luíz Santana à NiT. O empresário de 35 anos era representante da E-FIT, uma marca húngara pioneira nos treinos de eletroestimulação no nosso País. A cadeia já contava com 15 ginásios em território nacional e o negócio corria bem, até porque os portugueses “adoram a eficiência dos treinos de 25 minutos”.
Porém, o contrato assinado por Luíz referia que os espaços da cadeia só poderiam recorrer aos aparelhos aprovados pela marca. Ou seja, na prática, apenas podia trocar os equipamentos quando todos os estúdios fizessem o mesmo. Com os avanços na área, o empresário sentiu necessidade de “dar o salto” e apostar em novidades tecnológicas que os húngaros ainda não tinham adotado — e acabou por terminar a parceria com a cadeia.
“Fiquei fascinado com umas máquinas super avançadas e não descansei até as trazer para os nossos ginásios”, explica. Para o fazer teve de repensar o negócio que tinha criado há quase uma década. “Em conjunto com mais dois sócios, criámos a TechBody Portugal by Symbiont, em colaboração com a marca.”
A mudança de rumo implicou um investimento quase meio milhão de euros e muitas novidades. “Entra muita inteligência artificial, o que faz com que seja mais do que um treino de eletroestimulação”, responde Luíz Santana. O segredo está na roupa utilizada. “O fato vai além da simples estimulação: também regista parâmetros essenciais como as calorias gastas, o ritmo cardíaco, entre outros. É uma simbiose”, esclarece.
Nos novos spots de treino todos os atletas têm os próprios equipamentos, que armazenam a informação. “Quando o aluno se inscreve recebe um fato, que é depois programado consoante os objetivos cada um. É tudo mais personalizado, eficaz e inteligente, porque sabemos exatamente o que fazer para atingir os resultados pretendidos.”

A tecnologia está também espalhada (literalmente) nas paredes do ginásio. “Os treinos são projetados nos ecrãs, com dados em tempo real. Isto provoca um grande estímulo visual e acaba também por motivar os atletas — até porque diz quanto tempo falta para acabar [risos].”
Motivação é uma das palavras de ordem da TechBody, princípio que se reflete no sistema de gaming onde os alunos vão ganhando pontos à medida que fazem os exercícios. “Quantas mais calorias gastam, mais pontuam”, adianta.
O ginásio do Restelo tem 140 metros quadrados e ali podem treinar até quatro pessoas em simultâneo, mas sempre acompanhados com um personal trainer. “A experiência individualizada continua a ser uma prioridade”, justifica Luíz.
Como funcionam os novos ginásios
Para começar, o processo é simples: inscreve-se, faz uma avaliação e começa a seguir um plano consoante os seus objetivos. O treino é realizado com equipamento EMS (Electric Muscle Stimulation), mas na nova marca, cada atleta tem o seu fato.
“O sistema é diferente. Os elétrodos, presentes nos fatos, não precisam de ser molhados, como acontecia com os outros e funcionam como segunda pele. Os clientes aprendem a higienizá-lo e levam-no para casa. Se um dia deixarem de treinar connosco, devolvem o equipamento que entra num ciclo de reciclagem.”
A vibração não é contínua, mas intermitente. A estimulação elétrica é feita a diferentes intervalos de tempo, que variam conforme os objetivos. Os exercícios são, depois, totalmente dinâmicos: agachamentos, trabalho com TRX, flexões de braços ou trabalho de cardio na passadeira, e outros, porque o fato permite uma grande mobilidade de movimentos.
A combinação faz com que a tensão muscular e o trabalho metabólico sejam superiores ao de um treino convencional. Apesar do tempo reduzido estará a trabalhar mais de 90 por cento da musculatura do corpo.
Além de um corpo mais tonificado, este tipo de treino permite diminuir o risco de ocorrência de lesões, intensificar o trabalho nas zonas mais problemáticas, combater a celulite e queimar mais gordura.
Devido à intensidade das sessões intensas, só devem ser feitas, no máximo, três por semana. Cada uma tem a duração de 25 minutos, seguidos de cinco a seis minutos de massagem, que também é feita por eletroestimulação. Vantagens: com muito menos tempo fazem-se treinos muito eficazes, que correspondem a várias horas de ginásio. Além disso, a eletroestimulação acelera o metabolismo, levando a um consequente gasto calórico mais elevado, que se prolongará por mais 24 horas após o treino.
Neste momento está a decorrer uma campanha de inscrições: os sócios-fundadores tem oportunidade de pagar 139,90€ (acesso a uma sessão por semana), 215,90€ (duas sessões) ou 295,90€ (três sessões) por mês. Os preços já incluem o valor do fato.
A TechBody também tem espaços no Parque das Nações, Telheiras, Campo Pequeno, Lumiar (em Lisboa), na Parede (em Cascais) e no Porto. “No entanto, nem todos os espaços E-FIT migraram para a marca”, remata Luíz Santana.
Carregue na galeria para ficar a conhecer o novo ginásio com treinos de 25 minutos, no Restelo.