Antes que comece já a martirizar-se: não, não andou a treinar mal a vida toda. Mas, provavelmente, não é o único que ficou confuso com esta pergunta. Primeiro, é muito importante que saiba que o tempo de treino no total não deve ultrapassar uma e hora e meia. Porquê? “Porque não comemos alimentos suficientes para essa descarga de energia”, explica à NiT o PT de corrida Tiago Silva.
Tanto o treino de cardio como o de musculação têm benefícios próprios e juntos podem alcançar o dobro do potencial. Porém, começar por um ou por outro primeiro pode alterar o rendimento do treino.
Se fizer entre 45 a 60 minutos de cardio e depois passar para as máquinas, o desgaste de calorias vai ser certamente mais elevado. Por outro lado, “se for a um ritmo de jogging mais calmo, não se queimam tantos açúcares, o que é ótimo”. Sim, eles também são importantes para o organismo.
Neste caso, fazer o treino de musculação de seguida podia ser produtivo, mas esse nível de cansaço não é aconselhado.
Contudo, um treino de cardio de 15 ou 20 minutos de alta intensidade pode gastar ainda mais calorias e causar um desgaste muscular maior. Ou seja, se o objetivo passa por fazer musculação com pesos depois do aquecimento, o rendimento vai ser bastante afetado.
De acordo com o PT de corrida, se pretende perder peso, o treino de cardio antes do treino de força é a melhor opção. Ajuda não só a queimar calorias, como também potencia o esse gasto de um modo geral, sendo o cardio o principal responsável.
Além disso, o aquecimento maximiza o consumo de oxigénio. Isto quer dizer que no momento da musculação o corpo vai continuar a queimar calorias.
No entanto, se praticar alguma modalidade específica, pode compensar fazer o treino de força primeiro. Para um corredor, por exemplo, o treino de cardio poderá ser a primeira opção. Contudo, para um praticante de kickboxing, a força estaria em primeiro lugar e o cardio para o fim, para descontrair os músculos.
No fundo, “as pessoas têm de encontrar a sua zona de conforto e descobrir como conseguem ser mais produtivas”.
O ideal é fazer uma experiência: comparar os valores finais e até mesmo como se sente após o treino.