Ginásios e outdoor

Mokoboko, o estúdio com treinos personalizados e onde a flexibilidade é tudo

Pilates, ioga, stretching e barre. Há aulas para todos e dadas em quatro idiomas — e com turmas pequenas.
O novo estúdio nas Amoreiras.

Alongar não serve apenas para evitar dores musculares e muito menos é uma etapa do treino que se pode “passar à frente”. Pilates não é indicado apenas para adultos de meia idade que “já não aguentam esforços muito intensos”. E o ioga não é exclusivo para os fanáticos da espiritualidade. O desporto não se tratar apenas de muita pujança e suor e é exatamente isso que o Mokoboko propõe desconstruir.

“Aqui procuramos oferecer um estúdio de fitness que seja acessível, onde damos atenção a aulas compostas por pequenos grupos e ao bem-estar das pessoas, promovendo um estilo de vida saudável”, afirma Karina Supeyeva, a fundadora do estúdio, em entrevista à NiT.

A jovem de 22 anos oriunda do Cazaquistão formou-se em design urbano e ordenamento do território nos Países Baixos, mas isso nunca foi motivo para descurar as modalidades de low impact. Cansada do frio e do mau tempo do norte da Europa, foi durante umas férias que se rendeu a Portugal. “O oceano, o sol, o calor. Apaixonámo-nos pelo País”. Há cerca de cinco meses mudou-se com o marido e não perdeu tempo. Em janeiro, abria as portas ao Mokoboko, nas Amoreiras.  

A ideia não surgiu do nada. “Quando era miúda praticava ginástica, dança e mais recentemente comecei as aulas de stretching, enquanto tirava a licenciatura”, revela. O gosto por aquilo que parecia só um hobby não tardou a elevar-se a ambição profissional. “Mais tarde, percebi que queria um estúdio para treinar à minha maneira e de preferência com grupos pequenos. Geralmente, em Lisboa, sempre que experimentava um treino, os grupos eram compostos por 20 a 30 pessoas e não gostava nada disso”, confessa a criadora da marca.

A ênfase nas turmas mais reduzidas — sempre entre seis a oito alunos — deve-se à primazia de um cuidado adequado às necessidades de cada um. “Bem vindos ao nosso santuário de treino íntimo, onde grupos pequenos e próximos recebem atenção personalizada numa localização de sonho”, assim se lê no site da marca. “Muitos dos nossos clientes dizem que não se sentem a ir para um treino, mas antes a chegar a casa”.

A decoração é fundamental para criar um ambiente familiar. O espaço revela um interior minimalista, o que confere uma essência clean, elegante, sem grande confusão. Os tons acastanhados da madeira clara misturados com os verdes das plantas que enchem a casa, as pinturas e as luzes quentes (algumas, roxas, por sua vez), não esquecendo as carpetes fofas, são a fórmula para o conforto.

Karina não esconde que um dos fatores que a levou a apostar no negócio foi o Tik Tok. “A Pilates girl aesthetic”, como referiu, tem ganho popularidade na rede social e tem atraído cada vez mais seguidores, tendo em conta os seus benefícios e o facto de ser uma modalidade de baixo impacto. E ao contrário do que se pensa, “se for praticada com consistência e aliada a uma alimentação saudável é ideal para a perda de gordura e tonificação muscular — mas claro, se for apenas uma vez por semana, os impactos vão ser muito poucos”, adverte a jovem. 

As aulas de grupo vão das seis às oito pessoas.

O estúdio dá aulas de ioga que vão muito além “de poses e exercícios de respiração”. “Oferecemos um espaço calmo onde a flexibilidade se encontra com a força, e a paz de espírito se conjuga com o bem-estar físico.”

Por sua vez, as novidades passam pelo stretching (alongamentos). Significa exatamente o que o nome designa — libertar a tensão e aumentar a elasticidade. “Toda a gente deveria fazer uma aula, pelo menos uma vez por semana. Ajuda a desenvolver a flexibilidade e até mesmo para quem vai ao ginásio regularmente, é ótimo para alongar os músculos”, explica Karina, que sublinha os benefícios para as recuperações pós-parto. 

Por fim, o barre é outra das modalidades disponíveis. Trata-se de uma atividade que combina a dança renascentista, a ioga e o Pilates e é uma excelente forma de esculpir o corpo e melhorar  a postura. Foca-se em movimentos pequenos, mas precisos, que ajudam a fortalecer e tonificar, ao mesmo tempo que aumentam a flexibilidade, tudo isto recorrendo em grande parte à barra do ballet. 

O conceito da marca passa sobretudo pelo treino personalizado, facilitado pelas turmas reduzidas. Mas além do cuidado de atender às especificidades de cada membro, as aulas estão também disponíveis em quatro línguas: português, inglês, russo e ucraniano. “Temos muitas pessoas estrangeiras, especialmente comunidades russas e ucranianas”, conta.

Sendo estes programas desportivos uma trend nas redes sociais, é normal que muito do feedback sobre o estúdio surja nas plataformas do momento, até porque a marca trabalha também com influencers que a promovem. “Já recebemos muitas mensagens no Tik Tok de pessoas que lamentam não termos mais estúdios perto das suas zonas”, sublinha a jovem. Por isso mesmo, Karina não exclui a possibilidade de abrir mais Mokobokos na capital e até mesmo no Porto. Cascais é outra hipótese. Mas a calma é imperativa: “Temos apenas dois meses”, conclui.

Os preços das aulas variam de acordo com os pacotes adquiridos (e tendo em conta que cada aula dura uma hora). Se for uma “drop in class”, ou seja, apenas uma sessão, o custo é 30€. Se optar por um conjunto de cinco, o valor passa para 120€, e se forem 10 aumenta para 190€. Além dos serviços normais, o estúdio está também disponível para aluguer, seja para dar outras aulas, workshops ou eventos. 

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Av. Defensores de Chaves 15, Lisboa
    1000-009 Lisboa
  • HORÁRIO
  • Todos os dias, das 9h às 21h
TIPO
Ginásio

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