Saúde

A dieta favorita das celebridades tem um “efeito protetor” contra a demência

O regime é flexível e baseia-se em legumes, vegetais, fruta e peixe, mas também pode incluir carne, doces e vinho tinto.

Todos os meses surgem novas dietas e planos milagrosos para emagrecer. Porém, há uma que nunca sai de moda e acaba sempre por se destacar das restantes. Penélope Cruz, Selena Gomez, Cameron Diaz e várias outras celebridades já a assumiram como a sua preferida para se manterem jovens, em forma e saudáveis. E não é para menos.

Um dos motivos que justificam a popularidade da dieta mediterrânica é sua flexibilidade: nenhum alimento ou grupo alimentar fica de fora — mesmo os doces e o vinho tinto são permitidos. No entanto, este plano alimentar não influencia apenas o número que aparece na balança. Segundo um novo estudo publicado esta terça-feira, 14 de março, na “BMC Medicine”, este regime alimentar tem um “efeito protetor” contra a demência, independentemente do risco genético de cada pessoa.

A dieta mediterrânica nasceu no auge dos anos 60 com base nos padrões alimentares das pessoas na Grécia e no Sul de Itália e, desde aí, tornou-se no regime preferido de milhares de pessoas. Caracteriza-se pelo seu baixo teor de gordura saturada e engloba sobretudo vegetais, legumes, fruta, frutos secos e cereais integrais. Além disso apresenta o azeite como a principal fonte de gordura adicionada. Embora seja predominantemente baseada em plantas, inclui também quantidades moderadas de peixe e lacticínios, bem como pequenas quantidades de ovos, aves, e carne vermelha.

“As descobertas deste grande estudo de base populacional destacam os benefícios a longo prazo para a saúde do cérebro de uma dieta mediterrânica, que é rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis“, referiu a coautora do estudo, Janice Ranson, da Universidade de Exeter, Reino Unido. “Ao seguir este plano alimentar pode reduzir a probabilidade de desenvolver demência em 25 por cento.”

Segundo os investigadores, estas conclusões promissoras podem ser a base para futuras estratégias de saúde pública se investigações posteriores confirmarem estes dados. “O efeito protetor desta dieta contra a demência foi evidente independentemente do risco genético de uma pessoa e, portanto, é provável que seja uma escolha de estilo de vida benéfica para pessoas que procuram fazer escolhas alimentares saudáveis e reduzir o risco de demência.”

A investigação foi conduzida por uma equipa de cientistas do Reino Unido com base em dados de mais de 60.000 indivíduos no UK Biobank — um banco de dados online de registos médicos e de estilo de vida de mais de meio milhão de britânicos. Os investigadores salientam que este estudo se baseia principalmente em pessoas com ascendência europeia, pelo que são necessários mais estudos numa maior gama de populações.

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