Saúde

As alergias também existem no outono: saiba como prevenir os espirros e outros sintomas

Há uma explicação para o facto de estar sempre a espirrar e a tossir nos últimos dias. E também há forma de os evitar.
São também comuns nestes meses.

O outono é uma época bonita, nostálgica, algo melancólica, ao estilo de um enorme quadro impressionista com paisagens maravilhosas. Ou melhor, este é o cenário pintado por uma pessoa comum — e com alguma sorte. Para quem sofre de alergias é só mais uma época em que os espirros, a tosse, os lenços e os anti-histamínicos são os protagonistas. Se está a sofrer deste mal, saiba que pode estar ligado ao frio e aos ácaros que tomam conta do País nesta altura do ano. A boa notícia é que é possível preveni-lo.

Quem tem este problema já está habituado aos sintomas. Mas, afinal, o que são, em concreto, as alergias? “São consideradas uma resposta de defesa inadequada por parte do sistema imunitário, uma vez exposto aos agentes alergénicos.”

Estas são mais comuns na Primavera, com a proliferação dos pólens. Porém, no outono e inverno, continuam a atacar e a imunoalergologista Mariana Lobato, da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC),  explica à NiT porquê: “Durante as estações frias passamos mais tempo em locais fechados, temos tendência a fechar as janelas para o frio não entrar e há uma menor ventilação dos espaços e de entrada de luz natural”.

Isto significa, segundo a especialista em alergias, que os grandes culpados por estas reações do organismo serão, sobretudo, os ácaros, os pêlos dos animais e os fungos. “Embora menos frequente existem também alguns pólens que pode criar esta reações, como o cipreste”, acrescenta a alergologista.

Nesta estação procuramos aumentar a temperatura das casas, com aquecedores e aparelhos de ar condicionado. Mas estes equipamentos, por vezes, escondem uma série de ácaros que vão gerar uma crise alérgica nos pacientes que já têm tendência para a patologia. “Há uma grande percentagem de pessoas que apresentam uma maior tendência para rinite alérgica, conjuntivite ou asma, devido à maior exposição aos alergénios mencionados”, refere Mariana Lobato.

Ao contrário do que acontece na primavera, em que o tempo seco é o grande culpado pelas alergias, durante as estações frias a humidade fica com esse papel. Porém, há outros fatores que influenciam o agravamento destes sintomas. “A existência de outras patologias relacionadas com o sistema respiratório tem tendência a agravar a asma. Por outro lado, os ventos, o frio e a tendência aos banhos mais quentes acabam por causar uma maior secura na pele, o que vai desencadear as reações cutâneas.”

Os tratamentos para as crises de alergias podem ir desde anti-histamínicos a corticóides, ou, em caso de asma pode ser necessário o recurso a um inalador. Em todo o caso, quando sentirem sintomas o melhor é consultar um especialista em alergologia para fazer o despiste do alergénio que causa a reação e prescrever o tratamento mais indicado. Desta forma é também possível perceber se está perante uma crise alérgica ou alguma virose respiratória, também típica da época. “No caso das alergias, as queixas tendem a perdurar entre quatro a oito semanas, enquanto as viroses são mais rápidas. Além disso, não costuma haver febre, sintomas gastrointestinais ou dores do corpo associadas às alergias”, explica Mariana Lobato à NiT.

Se costuma fazer parte do grupo que sofre de alergias, não desespere. É possível prevenir estas reações alérgicas e viver em paz esta nostálgica estação do ano. Carregue na galeria para saber quais as medidas que deve tomar para fugir das alergias nas estações frias.

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