A Áustria já tinha tornado claro que o plano da obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 seria aplicado em todos os adultos do país. Este domingo, 16 de janeiro, o governo fixou a idade mínima nos 18 anos. O projeto de lei deverá ser aprovado quinta-feira, 20, pelo Parlamento de Viena. Conservadores, verdes, partidos liberal e social-democrata apoiam a medida. A extrema-direita vai votar contra.
O processo de vacinação será feito por etapas, tal como aconteceu em Portugal, e deverá começar já a 1 de fevereiro. Atualmente, o país apenas tem 71,50 por cento da população inoculada contra o novo coronavírus, uma percentagem muito baixa quando comparada com outros países da Europa — Portugal, por exemplo, tem uma percentagem de 90,1.
Esta medida está a ser fortemente criticada por uma grande parte da população, cujo argumento principal é que a vacina não impede a transmissão e reinfeção. Além disso, os críticos afirmam que a nova variante Ómicron já mostrou ser mais suave do que as anteriores. “Esta não é uma luta entre vacinados e não vacinados”, contrapõe Karl Nehammer.
O chanceler austríaco adianta que a primeira fase do esquema de vacinação durará até março, e irá trazer uma nova oportunidade de os cidadãos se inocularem antes de as multas entrarem em vigor. Estas poderão chegar aos 600€ por infração, até um total de 3600€ acumulados. Todos aqueles que não podem ser vacinados por razões médicas estão isentos da nova medida.