Ao longo de duas décadas, uma equipa da Universidade de Harvard dedicou-se à análise de amostras sanguíneas de 10 milhões de pessoas, recolhidas a cada dois anos. Desse grupo, 955 indivíduos viriam a ser diagnosticados com esclerose múltipla, uma doença progressiva para a qual não há cura definitiva.
Ao comparar as amostras sanguíneas dos doentes antes e depois da enfermidade ser conhecida, os investigadores concluíram que o risco de desenvolver esclerose múltipla aumentava 32 vezes naqueles que tinham sido infetados com o vírus de Epstein-Barr, o que não acontecia com outras infeções virais. A informação foi divulgada num estudo publicado nesta quinta-feira, dia 13, na revista científica Science.
Apesar de não terem conseguido provar qualquer causalidade, os cientistas consideram a associação forte o suficiente para equacionar a possibilidade de produzir uma vacina ou substâncias antivirais específicas contra esta agente infeccioso, que podem ajudar a prevenir ou curar a esclerose múltipla.
O Epstein-Barr causa a mononucleose, também conhecida como doença do beijo por ser transmitida de pessoa para pessoa através de saliva e das secreções nasais.
A team of @HarvardChanSPH researchers say they have discovered circumstantial evidence showing that #MultipleSclerosis is caused by infection with the #EpsteinBarr virus. The research was published online today in @ScienceMagazine. https://t.co/nBjPUO57wj pic.twitter.com/UPcttdBYhw
— Harvard Magazine (@HarvardMagazine) January 13, 2022