Zoë Kravitz estreou-se este ano no papel de Catwoman, ao lado de Robert Pattison. Pouco mais de um mês depois de o filme estrear em Portugal nos cinemas, o mais recente da saga Batman chega esta segunda-feira à HBO Max.
A atriz é uma espécie de faz tudo: além representar, compõe música e, ocasionalmente, assume o papel de modelo em campanhas publicitárias de diversas marcas. Agora estreou-se como protagonista da sequela de ação, sucedendo a Michelle Pfeiffer, Halle Berry e Anne Hathaway no cobiçado papel.
A poeira de “The Batman” ainda não assentou e Zoë Kravitz já está a preparar outra aventura: quer estrear-se como realizadora. O seu primeiro filme chama-se “Pussy Island” e está a ser preparado desde 2017. Com todos os projetos que tem em mãos e sendo os seus pais o músico Lenny Kravitz e atriz Lisa Bonet era de esperar que Zoe estivesse preparada para lidar com a fama. Porém, não foi bem assim.
Zoë contou à Glamour UK que “conseguir este papel foi muito, muito assustador”. “É uma daquelas coisas que nunca considerei que pudesse acontecer, até receber a chamada para me encontrar com Matt [Reeves, o realizador] e fazer a audição. Além de ser surreal fazer parte de algo assim, é ainda mais raro fazer parte de um projeto em que a realização do filme é tão intensa como sair do mesmo. Por isso, ainda estou um pouco incrédula”, explica.
A exposição e a intensidade que a própria menciona foram controladas com as mesmas ferramentas que a atriz utilizou para lidar com outros problemas do foro psicológico que teve no passado. “Cada um tem a sua própria viagem. Senti pressão para conseguir uma certa forma física e lutei contra distúrbios alimentares. Agora, encontrei um equilíbrio. Consigo colocar a minha saúde mental e o meu corpo em primeiro lugar”, conta.
Começou a sofrer distúrbios alimentares aos 11 anos
A também cantora revelou como foi lidar com distúrbios alimentares durante mais de uma década. Depois de uma infância feliz vivida com a mãe, com acesso limitado à televisão e com muitas brincadeiras ao ar livre, Zoë foi viver com o pai. Passou a estar rodeada de celebridades e modelos, uma mudança que teve um grande impacto no seu crescimento. A atriz não conseguiu lidar com o que passou a ver a ver à sua volta e começou a colocar demasiada pressão para que a sua imagem — com apenas 11 anos — se assemelhasse à das pessoas que conhecia. Isto levou a que se tornasse bulímica e anorética.
Pouco tempo depois, mudou-se para Nova Iorque, o que lhe permitiu que, no início, conseguisse esconder a sua condição. Assim que os pais descobriram começou a fazer terapia. Porém, teve de lidar com a sofreu da doença durante cerca de uma década. “Agora estou bem”, disse. “Mas estou sempre vigilante. É uma doença que pode sempre voltar e nunca me permito esquecer isso”.
A atriz revela que continua a fazer terapia e a manter-se mentalmente saudável, sobretudo durante os períodos de maior pressão, como foi o período de gravações das cenas de Catwoman. “Foi uma época realmente intensa. Para além de desempenhar uma das personagens principais, gravámos durante a Covid-19. Foi pesado para todos, tivemos de passar por muita coisa. Tentei manter-me o mais saudável possível, física e psicologicamente. Encontrar o equilíbrio nem sempre foi fácil”.
Além das boas críticas, “The Batman” já mais do que triplicou o orçamento inicial de perto de 200 milhões de euros e tornou-se no mais bem-sucedido filme em bilheteira em 2022. Recorde a crítica da NiT ao filme.