Saúde

Confinamento está a fazer efeito, mas o pico de internamentos ainda não aconteceu

É o que dizem dois especialistas portugueses numa análise ao impacto das novas regras.
O número ainda pode aumentar.

Esta sexta-feira, 5 de fevereiro, num debate na “TVI“, o médico intensivista José Artur Paiva, do Colégio de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos, acredita que o pico de pacientes Covid-19 nos hospitais só deverá ocorrer no final da próxima semana. No entanto, considera que o confinamento está a fazer efeito.

“Pensamos que o pico em medicina intensiva ainda não foi de facto atingido. Creio que durante a próxima semana, talvez no final, atingiremos o pico. Há algum tempo que pensamos que o número de camas covid que precisaremos está à volta das mil camas à escala nacional”, disse.

Porém, o especialista diz que enviar doentes para o estrangeiro deve ser uma última alternativa. “Isso representa dificuldades para as famílias e para as próprias pessoas doentes”, explica, acrescentando que a mensagem central que devemos passar é de confiança no Serviço Nacional de Saúde.

O professor Henrique Oliveira, do departamento de matemática do Instituto Superior Técnico, que também participou no debate, evidencia o impacto do confinamento geral, que está a refletir-se numa diminuição no número de mortes e infeções por Covid-19.

Também há alguma razão para se sentir um alívio na curva pandémica. Não podemos ser absolutamente pessimistas ou catastrofistas. O confinamento tem feito efeito, sobretudo, a partir do momento do fecho das escolas”, esclarece.

No entanto, o especialista acredita que ainda não passou o pico mais grave de internamentos. 

“A solução está fora do hospital. Quem realmente salva vidas é o cidadão. Somos todos nós, através do nosso comportamento”, disse no final José Artur Paiva.

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