Numa altura em que autoridades de saúde chinesas e a Organização Mundial da Saúde já confirmaram a ocorrência de um grave surto de pneumonia, com epicentro num mercado de peixe e marisco da cidade de Wuhan, na província de Hubei, também Portugal tem recomendações importantes para a população.
“Desaconselham-se neste momento, e até que a situação atual seja revista pelas autoridades chinesas, viagens não essenciais à China, não apenas pelos eventuais riscos de saúde mas também pelas presentes limitações na circulação dentro do país”, pode ler-se numa nota publicada a 26 de janeiro no Portal das Comunidades Portuguesas.
Foi emitido um comunicado aos operadores turísticos da China a pedir a suspensão de pacotes de viagens de grupo em todo país. Em Pequim, os locais turísticos, os recintos culturais e as salas de espetáculo foram encerradas preventivamente.
“Aconselham-se ainda os viajantes a efetuar o registo das suas viagens na aplicação Registo Viajante. Aos residentes, recomenda-se que, caso não o tenham ainda feito, procedam à sua inscrição consular ou à respetiva atualização junto do posto com jurisdição sobre a área de residência”, acrescenta o governo português.
No dia 22 de janeiro, Graça Freitas, diretora-geral de saúde (DGS), anunciou que Portugal já estava a tomar medidas por causa do coronavírus. Foi reforçado no Serviço Nacional de Saúde a linha Saúde 24, através do número 800 242 424, e a linha de apoio médico, para triagem e evitar que, em caso de eventual contágio, as pessoas não encham os centros de saúde e as urgências dos hospitais.
Em principal alerta estão o Hospital de São João, no Porto, Estefânia e o Curry Cabral, em Lisboa. A última unidade hospitalar já recebeu um caso suspeito de infeção que, após a realização dos exames necessários, admitiu não se tratar da pneumonia viral.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que se lave as mãos frequentemente, tape a boca e o nariz ao tossir e espirrar e evite o contacto direto com animais de quintas ou selvagens.
As autoridades de saúde de Hong Kong também aconselharam os residentes que viajam para fora da cidade a não tocar em animais vivos, a não comer animais silvestres e a evitar mercados que vendem carne fresca e aves vivas.
De acordo com os últimos dados, atualizados no dia 27, o vírus já causou 80 mortes e infetou mais de 2300 pessoas só na China. Há também casos confirmados em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.