Desde o início de março que se tem assistido a um forte aumento das vendas de preservativos na Rússia. As sanções que o país tem sofrido devido à invasão da Ucrânia são apontadas como uma das razões da corrida a este método contracetivo e de para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. A população receia eventuais falhas nos stocks devido à quebra das importações. Ainda assim, o governo russo assegura que não existirá qualquer quebra no fornecimento.
“Uma escassez de preservativos não está prevista. Os maiores países produtores, como a Tailândia, Índia, Coreia do Sul e China, não pararam com as entregas de produtos à federação russa”, explicou o Ministério da Indústria e Comércio da Rússia à versão britânica do jornal “Metro”.
Segundo a mesma publicação, a loja online Wildberries, uma das maiores da Rússia, registou um aumento de 170 por cento na venda deste contracetivo desde as primeiras semanas de março. Já nos supermercados a procura subiu 30 por cento e nas farmácias chegou mesmo aos 36,6 por cento.
Este aumento súbito da procura está a afetar os preços — os preservativos ficaram mais caros. “As pessoas estão a comprar para o futuro, por isso, somos obrigados a aumentar os preços”, explicou ao “Metro” Yesenia Shamonina, responsável pela sex shop Prezervativnaya.
A Rússia importa todos os anos perto de 600 milhões de preservativos. O país tem capacidade para produzir anualmente 100 milhões.