O secretário de Estado António Lacerda Sales afirmou esta sexta-feira, 12 de novembro, que Portugal já administrou um milhão de vacinas contra a gripe e 450 mil doses de reforço contra a Covid-19. Isto significa que já foram vacinadas cerca de 30 por cento dos um milhão e meio de pessoas com mais de 65 anos que estão elegíveis para a terceira dose.
Ainda é necessária uma “atitude preventiva” visto que a dose de reforço será “fundamental para não dar um passo atrás”. A Direção-Geral da Saúde já tinha apelado ao reforço da vacinação até ao Natal para tentar combater uma possível quinta vaga. Além de que a “vacinação é essencial, especialmente esta altura do ano, em que é expectável a circulação de vários vírus respiratórios e poderá verificar-se igualmente o impacto das temperaturas baixas na saúde da população”, explicou Graça Freitas, diretora-geral da Saúde.
Lacerda Sales afirma que a vacinação já não acontece ao ritmo a que aconteceu no início do processo: “Estamos a fazer um esforço para chegar a todos e não deixar ninguém para trás”, garante o secretário de Estado. De relembrar que este fim-de-semana os centros de vacinação estão em regime “casa aberta” para idosos com mais de 80 anos.
“Não precisam de marcação, não precisam de SMS, vão ao centro de vacinação mais próximo”, disse Carlos Penha-Gonçalves, o coronel que está no terreno a orientar a vacinação contra a Covid-19. O plano é distribuir doses de reforço a todas as pessoas a partir dos 65 anos até 19 de dezembro. O coronel afirma ainda que não sabe quando terminará a transição da vacinação contra a Covid-19 dos centros de vacinação para os centros de saúde, mas será um processo por etapas.
Graça Freitas explica que as duas doses de vacina deram proteção “durante meses e meses” aos mais vulneráveis e que a dose de reforço serve para alcançar um “patamar de imunidade” que permita evitar a Covid-19 grave ao longo do inverno. A responsável da DGS afirma que o Natal “será o normal dentro do possível”. Para que isso seja possível, refere que até lá pretende que os 1,5 milhões de pessoas que estão elegíveis para a dose de reforço, sejam vacinadas. “Não estão sem proteção nenhuma, mas precisam de um reforço”, resume a diretora-geral da Saúde.