O que devia ter sido uma simples ida ao salão de manicure para arranjar as unhas, acabou de uma forma muito diferente para Grace Garcia. No decorrer do procedimento, que teve lugar num estabelecimento diferente do habitual, uma vez que esse estava ocupado, a norte-americana de 50 anos ficou com um corte num dedo. “A esteticista foi bruta com a minha cutícula. Doeu muito. Parecia uma bolha”, começou por contar Garcia à “Fox 11”.
Três meses após o incidente, que aconteceu em novembro de 2021, a ferida ainda não estava completamente cicatrizada e a mãe de três filhos sabia que algo estava errado. O seu médico sugeriu-lhe um dermatologista que realizou uma biópsia ao dedo. “Já ia caminho do carro quando me chamou. Disse-me que precisava voltar ao consultório. Fiquei assustada”, recorda. Foi diagnosticada com cancro de pele estado 1 — tinha carcinoma de células escamosas.
Segundo Soleymani, o especialista em doenças oncológicas, o cancro em causa é provocado pelo “vírus HPV [papilomavírus humano] de alto risco” e o incidente na manicure pode ter desencadeado o seu desenvolvimento.
Grace foi então submetida à cirurgia de Mohs, uma intervenção que “consiste em retirar o cancro da pele, camada por camada e, examinar cada uma delas ao microscópio, até que se obtenha margem livre, ou seja, até à remoção completa do tumor (o nível de precisão e acerto pode chegar a 98 por cento)”, explica o grupo HPA Saúde.
Em declarações à “People”, Soleymani deixou um alerta: “Curiosamente, quase todos os casos de cancro de pele que acompanhei que envolveram dedos ou unhas estavam associados a HPV de alto risco. Isto é alarmante — e acontece em pacientes mais novos”.
