Saúde

Cuidado: comer sopas embaladas aumenta o risco de desenvolver cancro nos ovários

A conclusão é de um estudo publicado no início do mês de fevereiro que relaciona o consumo de alimentos processados com a doença.
As escolhas alimentares têm consequências.

Quando o tempo escasseia a comida embalada ou pré-feita é, muitas vezes, a solução. O problema é que se tratam de produtos ultra processados, carregados de aditivos e conservantes. Um estudo publicado no passado dia 4 de fevereiro concluiu que o consumo excessivo deste tipo de alimentos pode ser responsável pelo aparecimento do cancro nos ovários, entre outras patologias oncológicas.

A investigação publicada na revista “Clinical Medicine”, parte da “The Lancet”, avaliou a correlação entre a ingestão de alimentos ultraprocessados e 34 tipos diferentes de cancro durante um período de 10 anos. Os cientistas analisaram informações sobre os hábitos alimentares de 197.426 pessoas registadas no banco de dados Biobank do Reino Unido, entre 2006 e 2010. E depois compararam estes dados com os respetivos registos médicos.

A lista dos alimentos processados consumidos pelos participantes inclui sopas pré-cozinhadas embaladas, molhos, pizza congelada e refeições prontas a comer, delícias do mar, salsichas, batatas fritas, refrigerantes, bolachas, bolos, gomas e outros doces. Após a análise dos dados concluíram que o consumo deste tipo de alimentos variou entre 9,1 por cento a um máximo de 41,4 por cento. Cada aumento de 10 pontos percentuais na ingestão de produtos ultraprocessados foi associado a um aumento de 2 por cento no desenvolvimento de qualquer cancro, e a um aumento de 19 por cento no risco de ser diagnosticado cancro do ovário.

As mortes por cancro também aumentaram. Por cada aumento de 10 por cento do consumo deste género de refeições, a incidência de todos os tipos de cancro cresceu 6 por cento, enquanto o risco de morrer de cancro do ovário subiu30 por cento.

“Estas associações persistiram após a adaptação a uma série de factores sócio-demográficos, tabagismo, atividade física e principais fatores da dieta alimentar”, sublinham os autores da investigação.

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