Durante a conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia de Covid-19 no nosso País, que aconteceu esta sexta-feira, 16 de outubro, Graça Freitas foi questionada sobre eventuais sequelas da doença — um tema que tem vindo a ser debatido ao longo da pandemia.
A diretora-geral da Saúde explicou que é importante distinguir entre possíveis sequelas dessa doença e outras resultantes do internamento desses doentes.
De acordo com a responsável, quem fica em unidades de cuidados intensivos em ventilação e durante longos períodos, “independentemente da doença que deu origem a esse internamento, podem apresentar sequelas que, muitas vezes, não ficam permanentemente”. Podem ser reversíveis, por exemplo, com fisioterapia e com a passagem do tempo.
E continua: “Começam a surgir números e estudos relacionados com as possíveis sequelas, mas temos de distinguir aqui duas situações, nomeadamente no que diz respeito a sequelas do foro neuromuscular — questão relacionada com a perda de capacidade física e muscular.”
Graça Freitas reforça que temos de saber a que se devem os sintomas, se à Covid ou às consequências do tratamento e do internamento. “Os médicos dos hospitais que deram alta a estes doentes” acompanham a sua convalescença e vão monitorizando o aparecimento e desaparecimento destas sequelas. (…) É um trabalho normal e é normal que existam estudos descritivos que dizem isso: quantos ficaram com sequelas e o que aconteceu”.