A diretora-geral da Saúde disse esta sexta-feira, 24 de abril, que Portugal conseguiu ter uma curva controlada da pandemia de Covid-19. Porém, destacou também que os níveis controlados ainda “não são níveis zero, nem pendem para zero”. Permitiram, sim, que o sistema de saúde tivesse capacidade de tratar as pessoas e de as identificar.
Sobre o regresso à rotina, que está a ser apontado para maio, Graça Freitas relembrou na conferência de imprensa que não se pode perder “o capital adquirido” e que, quando retomarmos a atividade, teremos de continuar a ter “muitas regras aplicadas nas últimas semanas”.
Pediu, inclusive, para se continuar a conviver no núcleo familiar com distanciamento social, manter a etiqueta respiratória e os hábitos de higiene reforçados já várias vezes pela Direção-Geral da Saúde. Se isto não acontecer, “a curva vai subir, porque o vírus continua a circular em Portugal, na Europa e no mundo e o sistema de saúde vai ser submetido a uma grande pressão”.
Segundo Graça Freitas, é essencial manter o equilíbrio entre a pandemia e a capacidade do sistema de saúde.
Ainda sobre este tema, o secretário de estado da Saúde, António Lacerda Sales, que também participou na conferência diária, referiu que as medidas para “voltar à normalidade” vão ser discutidas a 28 de abril.