Dois casos positivos forçaram o regresso a casa de 161 alunos da Escola Francesa, no Porto. Confrontada com este caso e eventuais encerramentos totais de escolas, a diretora-geral da Saúde Graça Freitas revelou que será sempre uma decisão excecional que não dependerá apenas da deteção de um ou outro caso, antes de um conjunto de dados que serão analisados.
“Por agora a intenção é que o encerramento total de uma escola seja uma exceção. Há mecanismos que vão ser adotados e que estão previstos para que isso aconteça”, revelou na conferência de imprensa desta sexta-feira, 11 de setembro.
A primeira está relacionada com a situação no interior da escola, “quantas pessoas estão doentes ou quantos são casos suspeitos ou contactos”, explicou. “Três ou quatro casos que vivam isolados numa escola não têm o mesmo significado que três ou quatro casos detetados em pessoas que comuniquem muito com outras, que passem de sala para sala, que partilhem refeições”, justifica, assinalando que há escolas que optam por criar bolhas de alunos que não comunicam entre si.
Outra circunstância que terá que ser ponderada antes da tomada de decisão é a comunidade: “O vírus circula com links de forma controlada ou está a circular na comunidade envolvente da escola com a maior parte de situações sem relação identificada?”, questiona.
A decisão do encerramento dependerá, portanto, sempre do número mas também do tipo de casos verificados no interior da escola, bem como na comunidade envolvente, alunos, docentes e pais.
A ordem de encerramento “será sempre tomada de forma colegial”, em conjunto com as autoridades de saúde locais, regionais e nacionais. “O impacto de fechar uma escola é tão grande que tem que haver critérios, uniformização, ponderação, perceber se todos os aspetos foram estudados e estão a ser aplicados.”
“Só em situações extraordinárias, com grande circulação de casos afetados dentro da escola e com propagação comunitária intensa é que se pondera o fecho”, concluiu.