Saúde

Encerramento de maternidades “não está em cima da mesa”, mas a rotatividade mantém-se

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro negou a possibilidade de as urgências de obstetrícia só atenderem grávidas com queixas graves.
O modelo de rotatividade será prolongado.

“Não vai haver e não está previsto o encerramento de nenhuma maternidade pública”. Em resposta à informação avançada pela RTP, esta terça-feira, dia 14 de fevereiro, sobre o encerramento de oito urgências de obstetrícia e ginecologia — que atenderiam apenas grávidas referenciadas, ou com pelo menos 22 semanas de gestação — Manuel Pizarro negou essa possibilidade.

“Seria inaceitável encerrar maternidades que colocariam as futuras mães a uma grande distância da unidade mais próxima. Nos casos de zonas urbanas mais densas, seria um erro encerrar serviços de obstetrícia que estão a formar novos profissionais. Não está em cima da mesa”, acrescentou.

Em vez disso, e reconhecendo a existência de dificuldades relacionadas com a escassez de recursos humanos que não permite que todas as maternidades funcionem a 100 por cento, 24 horas, 365 dias por ano, decidiram prolongar no primeiro trimestre de 2023 o modelo de rotação de funcionamento das maternidades. Segundo o ministro, este formato “funcionou muito bem”. No final desse período, prosseguiu, será feita uma nova avaliação.

Desde o início do ano, nove urgências de obstetrícia e ginecologia de Lisboa e Vale do Tejo têm estado a fechar rotativamente aos fins-de-semana por causa da falta de especialistas. “Todas as informações que tenho é que o sistema está a funcionar bem e com segurança para os profissionais, mas sobretudo com conforto e segurança e qualidade para as mulheres grávidas”, disse.

O ministro da Saúde recordou a experiências feitas nos fins de semana do Natal e Ano Novo, quando os blocos de partos funcionaram segundo este sistema de rotação. “Só nas maternidades públicas públicas nasceram 849 bebés”.

Sobre a falta de profissionais de saúde nos estabelecimentos prisionais, Manuel Pizarro reconhece que faltam “médicos generalistas”. Mas “o sistema de saúde nas prisões funciona manifestamente bem”, advogou.

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT