Os enfermeiros do Hospital de Braga estão em greve esta terça e quarta-feira, 7 e 8 de março. Os profissionais exigem a “contabilização do tempo de serviço que prestaram, enquanto trabalhavam com vínculo inadequado para responder às necessidades dos serviços”, assim como a publicação de orientações claras, que possibilitem resolver problemas que estão a originar “posicionamentos relativos injustos”.
A greve foi convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que garante que “a manutenção da mesma é da responsabilidade do Ministério da Saúde e da Administração”. Parte das reivindicações dos profissionais de saúde estão relacionadas com os contratos de trabalho. “É inaceitável que a administração não contabilize este tempo mesmo nas situações em que antecedeu um contrato por tempo indeterminado”, reforça o sindicato.
O pagamento de retroativos desde 2018, bem como a contabilização de pontos aos enfermeiros promovidos às categorias de Especialista e Chefe entre 2004 e 2011, também fazem parte da lista de exigências. A “não contabilização atira estes enfermeiros para salários mais baixos comparativamente aos profissionais mais jovens, sejam especialistas ou não”.
Outro motivo está relacionado com o gasto de dez pontos para um aumento do salário de oito euros, algo que terá acontecido a “cerca de meia centena de enfermeiros”. “A legislação determina que nenhum trabalhador pode gastar 10 pontos para ter um salto remuneratório igual ou inferior a 28 euros”, defendem.
A adesão a esta paralisação situa-se nos 58 por cento, avança a CNN Portugal. O impacto da greve está a ser sentido sobretudo nas consultas não urgentes. Porém, os serviços mínimos estão garantidos.
