Esta sexta-feira, 2 de agosto, os enfermeiros cumprem um dia de greve nacional, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), em resposta à proposta considerada inaceitável pelo governo, que previa um aumento salarial de apenas 52€ para os novos profissionais. As paralisações vão continuar por mais 10 dias, abrangendo várias regiões de norte a sul do País.
Os protestos surgem após uma reunião que ocorreu na última quarta-feira com o ministério da saúde, onde a plataforma que congrega cinco sindicatos informou que a tutela, representada por Ana Paula Martins, retirou a proposta sobre as tabelas salariais e comprometeu-se a analisar a contraproposta apresentada pelos sindicatos.
“Se não houver avanços em setembro (na próxima reunião), os enfermeiros prometem paralisar o SNS”, avança o presidente do SEP, Pedro Costa, citado pelo “Jornal de Notícias”. O SEP critica o modo como as negociações têm sido conduzidas, o que motivou a decisão de avançar com as paralisações.
Os profissionais de saúde também convocaram vários protestos para esta sexta-feira, 2 de agosto, que se realizam em diversos pontos do País. No Porto, haverá uma concentração à entrada do Hospital de São João, a partir das 11h30, e em Lisboa, o encontro será às 12 horas, junto ao Hospital de São José.
No início da próxima semana, Viseu e Guarda receberão os protestos, respetivamente na segunda e terça-feira. A greve também chegará ao Alentejo nos dias 9 e 14 e, em Santarém, está prevista para os dias 16 e 21 de agosto, nas ULS Médio Tejo e Lezíria. Quase no final do mês, no dia 22, será a vez do Algarve, com a paralisação marcada para o hospital de Faro, que se estenderá ao dia seguinte.
As unidades hospitalares de Famalicão e Braga também participarão, com paragens a 26 e 27 de agosto, enquanto, em 28, a greve acontecerá no Hospital de São João e no IPO do Porto. E há concentrações previstas para Trás-os-Montes nos dias 13 e 29 deste mês.
