Neste momento, há vacinas contra a Covid-19 a serem desenvolvidas um pouco por todo o mundo, sendo que algumas estão já na fase final de testes. A versão da AstraZeneca e da Universidade de Oxford é uma das mais promissoras, porém, pode estar comprometida.
Esta quarta-feira, 25 de novembro, dois dias após ter sido anunciado que a vacina era “altamente eficaz”, foi reconhecido em comunicado um erro de fabrico que está a levantar questões sobre os resultados preliminares e a eficácia deste modelo experimental.
No ensaio participaram mais de 20 mil voluntários, metade no Reino Unido e metade no Brasil. Destes, foram registados 30 casos de covid-19 entre os voluntários que tomaram duas doses completas da vacina.
Segundo a agência AP, citada pelo “JN”, inesperadamente, o grupo de voluntários que recebeu uma dose menor parecia estar muito mais protegido do que os voluntários que receberam duas doses completas. Naquele com a dose mais baixa, explicou a AstraZeneca, a vacina parece ter uma eficácia de 90 por cento, enquanto o grupo que recebeu duas doses completas ficou pelos 62 por cento.
Assim, os resultados combinados revelam uma eficácia média de 70 por cento. Contudo, a forma como estes números foram alcançados parece gerar dúvidas.
A Universidade de Oxford referiu que alguns dos frascos usados no teste não tinham a concentração certa de vacina, pelo que alguns voluntários receberam meia dose. Porém, segundo o mesmo comunicado, o problema de fabrico já foi corrigido. “É empolgante que um dos nossos regimes de administração da vacina seja 90 por cento eficaz”, disse o professor Andrew Pollard, investigador chefe da vacina.