Nas férias, além de descansar e passear, vivemos momentos de liberdade preciosos. Não há horários, rotinas, nem obrigações. É como se fizéssemos uma pausa nas nossas vidas, nos enfiássemos numa bolha e encarássemos uma personagem (ou a nossa verdadeira personalidade).
À medida que esses dias se aproximam do fim, é normal que a ansiedade cresça. Ou seja, acaba por ser uma situação paradoxal: um momento que deveria ser relaxante e tranquilo, acaba por se tornar motivo de stress. E não, a razão não se deve às férias em si, mas ao facto de ter quebrado uma rotina à qual é difícil regressar.
“A obrigatoriedade de fazermos alguma coisa pode causar contrariedade em algumas pessoas e o ser humano não gosta dessa sensação”, explica à NiT a psicóloga clínica Catarina Graça. “Este é o cerne da questão”, continua.
Numa altura em que os portugueses estão a preparar-se para retomar os hábitos quotidianos, isto é cada vez mais visível, e não significa necessariamente que a pessoa não goste do trabalho que faz. Afinal, por mais que se sinta realizado, trabalhe num bom ambiente e com bons colegas, um período de descanso é sempre necessário. Porém, depois, nem sempre é fácil gerir o regresso à rotina diária.
Existem muitas formas e sinais que nos dizem que esse regresso constitui um desafio. Apatia, variação de humor, falta de energia, desmotivação ou dificuldade em manter a concentração, são algumas das manifestações destacadas pela psicóloga.
Na maioria dos casos, não é um quadro que mereça especial preocupação. “Ao fim de uma semana o corpo volta a habituar-se à rotina”, realça a psicóloga. Ainda assim, é algo incómodo e é, portanto, preferível evitar.
O ideal é antecipar esse momento e fazer uma transição tranquila e Catarina Graça partilhou com a NiT algumas dicas práticas para ajudar a livrar-se dessa ansiedade.
Carregue na galeria e descubra os truques que o vão ajudar a encarar o regresso ao trabalho com mais serenidade e boa disposição.