As mesmas medidas que de um modo ou outrovisavam combater a pandemia de Covid-19, acabaram por ter efeito também nos números da gripe. Entre confinamentos, máscaras, distanciamento social e outros cuidados, em 2020 a gripe não foi particularmente sentida.
Nesta altura, com processo de vacinação contra a Covid-19 já avançados e muitos países a reabrirem, as boas notícias da retoma fazem-se acompanhar de novo desafio com o regresso da gripe. Nos EUA, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla original), admite mesmo que a temporada de gripe pode ser especialmente “severa”.
O alerta foi feito pela própria diretora do CDC, Rochelle Walensky, na quarta-feira, 6 de outubro. Numa conferência de imprensa onde realçou que no ano passado houve “pouquíssimos casos de gripe”, a responsável alertou que também aqui a vacinação poderá ter um papel importante.
“É como no caso da Covid-19, precisamos que o maior número de pessoas se vacine contra a gripe comum para proteger aqueles que estão em maior risco”, alertou.
Já em setembro, à NiT, Gustavo Tato Borges, presidente em exercício da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), deixou alerta semelhante para Portugal: “a gripe vai voltar este ano a ser uma parte importante do inverno”. “Se não houver adesão das pessoas para a utilização das máscaras, para os cuidados diários de evitar alguns aglomerados, provavelmente iremos ter um inverno um pouco complicado, com alguns casos de Covid-19 e alguns casos de gripe, que este ano vai voltar a aparecer””, acrescentou.