A Food and Drug Administration (FDA), regulador dos Estados Unidos para a área dos medicamentos e alimentação, recomendou esta terça-feira, 13 de abril, a suspensão da administração da vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19.
Esta suspensão foi feita em todos os pontos de administração da vacina a nível federal, sendo que a entidade aconselhou ainda os organismos estaduais a fazerem o mesmo. A notícia foi avançada pelo “The New York Times”, que aponta seis casos de coágulos como o principal motivo para esta paragem, numa altura em que cerca de sete milhões de pessoas já tomaram esta vacina no país.
De facto, foram reportados seis casos raros de coágulos no sangue cerca de duas semanas após a toma única desta vacina. Todos eles aconteceram nos EUA e em mulheres entre os 18 e os 48 anos. Entre elas, uma das mulheres acabou mesmo por morrer e outra teve de ser internada em estado grave.
Com isto, o Comité de Aconselhamento sobre Práticas de Imunização do Centro para o Controlo e Prevenção da Doença dos EUA irá reunir esta quarta-feira, dia 14, de modo a analisar em profundidade os casos apresentados até ao momento. Ainda assim, e por precaução, o recomendado é que a administração da vacina seja mesmo suspensa.
Os casos têm semelhanças com aqueles reportados por quem tomou a vacina da AstraZeneca, uma vez que as duas opções utilizam o mesmo tipo de tecnologia. Mesmo antes de a vacina da Johnson & Johnson ser distribuída na Europa, já os primeiros casos dos EUA estariam a ser analisados pela Agência Europeia do Medicamento.
Esta notícia surge numa altura em que Portugal espera receber 30 mil doses da vacina da Johnson & Johnson ainda durante esta semana.