A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) anunciou esta quarta-feira, 1 de fevereiro, que vai avançar com uma greve nacional a 8 e 9 de março. O anúncio surge após uma nova ronda negocial com o Ministério da Saúde, que, segundo a federação, não os deixou com outra alternativa.
“Infelizmente, hoje vemo-nos obrigados a anunciar que vamos emitir o pré-aviso de greve, não temos outra alternativa neste momento. O governo e esta equipa ministerial estão a empurrar-nos para isso. Infelizmente não era a medida que queríamos tomar e lamentamos desde já profundamente o facto de alguns doentes verem as suas consultas e cirurgias adiadas, mas isto também é uma luta pelos doentes, para que tenham acesso e qualidade à prestação de cuidados médicos no Serviço Nacional de Saúde”, conta à RTP a presidente do sindicato, Joana Bordalo e Sá.
A sindicalista acrescenta ainda que está disponível para negociar, embora não haja qualquer resposta do ministro da Saúde, Manuel Pizarro. “A Federação Nacional dos Médicos pretende ser parte da solução, está perfeitamente disponível para negociar. Fizemos trabalho, apresentámos propostas. No entanto, da parte do governo, da equipa ministerial, não temos nenhuma medida concreta que ajude a resolver o problema dos médicos e salvar o Serviço Nacional de Saúde, que neste momento precisa de ser salvo. Precisa de ter médicos, que os médicos tenham as suas condições de trabalho valorizadas, com salários dignos”, conclui.